A primeira pessoa internada com coronavírus no Distrito Federal, uma mulher de 52 anos moradora do Lago Sul, saiu do coma e está lúcida após passar mais de dois meses em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), noticiou a advogada da família.
Na última semana, a paciente havia sido transferida a um hospital particular do DF e teve a confirmação de que estava curada da doença. Recuperada, ela não necessita mais de suporte de respirador.
A mulher, que é advogada, foi diagnosticada com a doença no dia 5 de março. Portadora de comorbidades – situação que agrava o quadro clínico do paciente –, ela apresentava constantes oscilações, entre melhoras e pioras em seu estado, conforme comunicados da Secretaria de Saúde.
Em meados de março, com sucessivos quadros de febre, a mulher atravessou seu período mais crítico. No fim daquele mês, a pasta de Saúde passou a classificar o caso como gravíssimo. Com síndrome aguda respiratória severa, permaneceu em coma induzido e respirando por aparelhos.
No começo de abril, voltou a ter piora, dessa vez no quadro renal, e teve de passar por traqueostomia. Desde o dia 20/04, no entanto, o Hran havia suspendido os boletins sobre o estado de saúde da paciente, a pedido da família, que solicitou direito à privacidade sobre as informações.
No dia 5 de maio, o Metrópoles noticiou que ela foi transferida para um hospital particular no Distrito Federal e já havia feito novo teste para coronavírus – o resultado mostrou que a advogada estava curada do novo coronavírus.
Contágio
A mulher contraiu a doença após viagem com o marido pelo Reino Unido. O casal também visitou a Suíça. Os sintomas da Covid-19 começaram a surgir em 26 de fevereiro.
Em 4 de março, deu entrada no pronto-socorro do Hospital Daher, no Lago Sul, com febre, tosse e secreções. Em seguida, foi levada ao Hran, unidade referência para casos do novo coronavírus no DF.
O companheiro da advogada foi o segundo caso confirmado no DF.