Após seis anos de espera, a população do Distrito Federal receberá um aparelho de pet scan, usado para diagnóstico de câncer. O equipamento havia sido comprado pela Secretaria de Saúde em 2013, pelo preço de R$ 3 milhões. Entretanto, estava encaixotado por falta de infraestrutura para a instalação. Acordo firmado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) permitiu a montagem. A previsão é de que esteja pronto para uso em oito meses no Hospital de Base.
A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) organizou o trato com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), e a empresa GE Healthcare permitirá a instalação do dispositivo. A Justiça homologou o acordo na última quarta-feira (30/10/2019).
A GE Healthcare, fornecedora do aparelho, ficará responsável por executar a obra necessária no Setor de Imagem Molecular do hospital, estimada em R$ 1,9 milhão. O valor inclui a aquisição e a instalação de equipamentos para a climatização e a blindagem radiológica do espaço. Além disso, a empresa também fará o treinamento dos profissionais que vão manusear a máquina.
Manutenção
A produção desse modelo de pet scan foi encerrada em 2014, e as vendas, em 2015. Pelo acordo, a empresa terá de produzir as peças de reposição e fornecer a manutenção do aparelho até 2025. A garantia integral do equipamento, com atualização de hardware e software, será de 36 meses a contar da instalação. As obras devem durar seis meses e mais 45 dias para a instalação.
“Celebramos esse acordo para dar uma resposta aos pacientes que necessitam de diagnóstico com o auxílio de aparelhos de imagem como o pet scan. Não fosse a atuação do Ministério Público, o aparelho ficaria encaixotado por mais 10 anos”, disse o promotor de Justiça de Defesa da Saúde Clayton Germano.
Em 2016, o MPDFT ajuizou ação de improbidade contra gestores da Saúde que autorizaram a aquisição do dispositivo sem licitação, planejamento técnico ou estudos prévios. O aparelho, utilizado para diagnóstico de câncer, custou R$ 3 milhões. Ainda não houve sentença sobre o caso. (Com informações da assessoria de comunicação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios)