Anta resgatada após incêndio no Parque Nacional queimou as patas

O jovem macho de 73 kgs ficou com as quatros patas feridas por queimaduras. O animal está hospitalizado no Zoológico de Brasília

atualizado 19/09/2024 10:03

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Reprodução

A anta resgatada perto de uma área de queimada no Parque Nacional de Brasília está hospitalizada no zoológico da capital do país. O jovem macho de 73 kg teve as quatro patas feridas em decorrência de queimaduras.

Segundo informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, o animal estava desidratado e inalou fumaça. “Apesar dos ferimentos, está responsivo e já tomou água. Ele foi medicado com analgésicos e posteriormente alimentado”, detalhou o órgão.

Veja imagens: 

Por enquanto, a anta ficará em observação no Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é quem vai decidir qual será o destino do animal.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a anta estava muito perto da área afetada pelo fogo e, por isso, estava vulnerável. Ele precisou ser sedado porque “estava responsivo no momento do resgate”.

Animais em tratamento

Diariamente, o Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília presta assistência não só aos animais que vivem na instituição, mas também aos resgatados e vítimas de atropelamentos, incêndios florestais ou outros crimes ambientais.

O diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto, explica que há uma parceria com outros órgãos ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Brasília Ambiental e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Os animais podem ser direcionados ao Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) ou ao Zoológico, que possui infraestrutura para atender bichos de grande porte.

“É feita uma avaliação com o Ibama ou a instituição que deixa o animal conosco. Então, há animais que recebemos, são tratados e continuam no Zoo, e há outros que são reintroduzidos na natureza”, esclarece Wallison.

Após receberem tratamento pelas equipes e serem submetidos a exames – ou cirurgias, se necessário –, os animais passam por reabilitação e reintrodução ao habitat natural, quando é possível.

Atualmente, há em torno de 30 animais externos, que não fazem parte do Zoológico, sendo tratados no Hospital Veterinário da instituição. Entre eles, uma fêmea de cachorro-do-mato que chegou mancando, com suspeita de atropelamento. Ela passou por exames, fez raio-X, foi avaliada e tem realizado sessões de acupuntura, cromoterapia e fisioterapia.

Um filhote de onça-parda também é tratado na unidade veterinária do Zoo, encontrado após as equipes constatarem o abandono da mãe. Desidratado, o animal foi colocado no recinto, onde tem recebido alimentação e suplementação, de acordo com indicações da zootecnista.

Efeitos das queimadas

De acordo com o biólogo do Ibram Thiago Silvestre, o aumento de animais atropelados em rodovias pode ser um efeito colateral dos incêndios florestais, visto que eles tendem a abandonar os ninhos ou tocas e atravessar as pistas em fuga.

“Quando eles saem de uma área queimada e se deparam com outra, foi uma migração à toa. Isso tudo influencia a reprodução da espécie e aumenta muito a chance de extinção”, disse. “A fauna está sentindo muito essas mudanças climáticas; elas mexem com toda a teia ecológica”, frisa o especialista.

“Estão chegando muitos filhotes abandonados pelas mães, e a maioria dos animais que recebemos nas unidades veterinárias é vítima de atropelamentos, choques elétricos ou ferimentos por linha de cerol, tudo ligado a interferências humanas”, ressalta.

Tenda de apoio

Nessa quarta-feira (18/9), o Governo do Distrito Federal (GDF) instalou uma tenda de apoio dedicada ao resgate de animais domésticos e silvestres afetados pelos recentes incêndios florestais no Parque Nacional de Brasília.

A ação foi coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) em parceria com o Instituto Brasília Ambiental, com o objetivo de proporcionar atendimento emergencial aos animais vítimas das queimadas, bem como promover a reabilitação e reintegração ao habitat natural.

É importante frisar que o Zoológico de Brasília não recebe animais diretamente da população, apenas por meio de órgãos ambientais. Ao encontrar um animal silvestre ferido ou perdido, a população pode entrar em contato com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) pelo 190, que fará o procedimento correto de resgate junto a entidades ambientais responsáveis.

Com informações da Agência Brasília

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