Sete dias depois de o Brasil comemorar a primeira queda no número de mortos entre semanas epidemiológicas, a estatística do novo coronavírus voltou a assustar. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país terminou a 25ª semana da pandemia – compreendida entre os dias 14 a 20 de junho – com o maior número de óbitos desde o início da doença.
Os valores, analisados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mostram que nesse período 7.256 novas mortes foram contabilizadas. Nos 7 dias anteriores, a doença fez 6.790 vítimas, uma diferença de 6,8%. O maior valor acumulado, até então, tinha sido 7.096 óbitos.
A possibilidade de um crescimento, mesmo após a redução, já tinha sido dada ao Metrópoles por Jonas Lotufo Brant de Carvalho, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB). “Muitas capitais começaram a abrir e diminuir o distanciamento social. O impacto das mortes não é visto de maneira imediata. Depois da queda, é provável que teremos um aumento nas próximas semanas”, explicou.
O número de novos contaminados, até o momento, não diminuiu. Pelo contrário. Na última semana, foram contabilizados 217.065 resultados positivos, um aumento de 22% em relação à anterior.
Óbitos por estado
O crescimento de óbitos na 25ª semana epidemiológica aconteceu em 18 estados. Na anterior, apenas 14 unidades federativas tinham visto o número aumentar.
Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais viram a situação piorar, contabilizando o dobro de notificações de novas mortes. Em contrapartida, Pará, Amapá e Pernambuco desaceleraram a curva. Os paraenses, por exemplo, reduziram quase 40% o número de novos mortos entre as semanas 24 e 25.
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