Diante de operação da Polícia Federal que apura fraudes em licitações operadas pela empresa R7 Facilities, a Controladoria-Geral da União (CGU) enviará, nesta quinta-feira (13/2), orientações aos órgãos da Administração Pública Federal “sobre a necessidade de avaliar riscos na continuidade da prestação de serviços pela empresa”.
A R7 Facilities mantém 62 contratos com o governo federal.
A empresa foi alvo da Operação Dissímulo da Polícia Federal (PF) e da CGU nesta semana por fraude em licitações e contratos público. A companhia também têm histórico de atrasar salário dos empregados que trabalham nos órgãos da administração pública.
Os investigadores encontraram indícios de uso de “laranjas” para esconder os verdadeiros nomes dos donos das empresas. A PF também mirou um grupo de oito empreendimentos de se relacionarem entre si, simulando concorrência e fraudando licitações.
A orientação da CGU à Esplanada dos Ministérios
A CGU informou à coluna que os órgãos devem considerar o que chamou de “possíveis impactos na execução contratual e, principalmente, no cumprimento das obrigações previdenciárias e trabalhistas com os empregados terceirizados”.
A prioridade, segundo a CGU, é proteger os empregados da R7 Facilities, “garantindo que recebam integralmente seus direitos e evitando que fiquem desamparados diante de eventuais problemas na execução dos contratos”.
R$ 590 milhões em contratos
Atualmente, a R7 Facilities mantém 62 contratos vigentes com a administração pública federal, com valor global de R$ 590 milhões. O levantamento foi realizado pela coluna com base no portal de transparência “Contratos” do governo federal.
Muitos órgãos federais renovaram contratos no fim do ano passado e no início deste ano. Ao todo, 45 vencem ainda em 2025, 18 encerram em 2026 e apenas um termina em 2028.
