Depois de não atingirem a cláusula de barreira neste ano, os partidos Solidariedade e Pros decidiram se fundir para garantir a verba pública do fundo partidário e espaço de propaganda de TV nas próximas eleições.
As duas legendas vinham conversando desde segunda-feira, e a fusão foi fechada nesta sexta, após uma reunião que durou o dia inteiro na sede do Solidariedade, em São Paulo.
No domingo, o Solidariedade conseguiu eleger quatro deputados federais e Pros, três. O partido também fez um governador, Clécio Luiz Vilhena, do Amapá.
A direção da nova sigla, que ainda não tem nome, deve continuar nas mãos do presidente do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força. O Pros, atualmente, é comandado por Eurípedes Gomes Júnior, alvo de investigação por usar indevidamente recursos da legenda — entre as despesas feitas por ele, está nada menos que a compra de um helicóptero.
A cláusula de barreira é uma regra que exige que os partidos atinjam um desempenho mínimo para continuar a ter direito a recursos do fundo partidário e ao tempo da propaganda eleitoral gratuita de rádio e de TV.
Neste ano, as legendas tinham que alcançar 2% de votos válidos nacionais. No total, 15 partidos não alcançaram a cláusula. Desses, seis conseguiram eleger deputados federais.