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Candidato, ex-chefe da Abin tem tratamento vip no governo

Delegado Ramagem ganhou licença na PF para fazer um curso que a corporação não diz qual é sob o argumento de que se trata de um dado secreto

atualizado 28/06/2022 9:30

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Ramegem com Bolsonaro Igo Estrela/Metrópoles

Amigo do peito da família Bolsonaro e pré-candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, o delegado Alexandre Ramagem segue recebendo tratamento vip no governo.

Para disputar as eleições, ele teve que deixar o cargo de diretor-geral da Abin, o serviço secreto do governo, no fim de março.

Voltou, então, para os quadros da Polícia Federal, e foi lotado em uma seção onde poderia se manter incógnito, sem grandes missões formais e focado em seu projeto eleitoral: a desconhecida Divisão de Estudos, Legislação e Pareceres, ligada ao setor de pessoal. Na sequência, tirou uma licença.

Como havia deixado o comando da Abin, ele teria quer ter desocupado o apartamento funcional a que tinha direito, em um prédio na Asa Norte de Brasília. Até esta segunda-feira, porém, o imóvel não havia sido devolvido.

Responsável pela administração dos imóveis funcionais usados pelos integrantes dos escalões mais altos do governo, a Secretaria-Geral da Presidência chegou a publicar em abril uma portaria revogando a permissão de uso, mas Ramagem seguiu no apartamento.

Um mês depois, em 11 de maio, o delegado apresentou um pedido para ficar mais tempo. Foi atendido. O prazo para a devolução termina hoje.

A coluna pediu à Presidência que informasse qual foi a justificativa apresentada e com base em que a solicitação foi acolhida, mas não houve resposta.

Em pré-campanha, Ramagem tem dado entrevistas em canais simpáticos ao bolsonarismo e se dedicado a abastecer suas redes sociais. A Polícia Federal sustenta que ele está afastado das tarefas na corporação porque tirou uma licença-capacitação.

Para ter direito a esse tipo de licença, o servidor público precisa estar matriculado em um curso. A PF, porém, se nega a informar onde e como o delegado está se capacitando.

Indagada por meio de sua assessoria de imprensa, a corporação nem sequer respondeu.

O mesmo pedido foi feito via Lei de Acesso à Informação, e nesta segunda-feira veio uma resposta curiosa, assinada pela delegada Mariana Calderon, diretora de Gestão de Pessoal: a solicitação não pode ser atendida porque o Ministério da Justiça classificou como secretas informações sobre capacitação de servidores da PF.

Alexandre Ramagem se aproximou dos Bolsonaro durante a campanha de 2018 e, no período em que esteve na direção Abin, foi acusado de usar a estrutura da agência para atender a interesses do clã. Ele segue bem próximo do presidente e de seus filhos.

Procurado, o delegado não respondeu às tentativas de contato.

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