Ao entrar em um sex shop, são infinitas as opções de acessórios e brinquedos para aumentar o prazer de homens e mulheres, sejam hétero ou homossexuais.
Contudo, no Brasil, a grande maioria dos produtos ainda é voltada para o público cis gênero. De acordo com a sexóloga Amanda Nunes, do Âme Espaço Lingerie, é bem escasso o mercado de produtos voltados para o público trans.
“Os que existem são caros e encontrados em sites bem específicos. Falta variedade, mas acredito que é um mercado em expansão”, aponta a especialista.
Muita gente não sabe, mas, para os transsexuais, a forma de experimentar o prazer muitas vezes foge ao que se tem como “tradicional”, como penetração e masturbação. É uma questão muito individual, já que nem todos os trans passaram por cirurgia de redesignação sexual e alguns podem ter disforias com o genital, que são sentimentos negativos em relação aos órgãos sexuais.
Mas a busca pelo prazer é a mesma, e é possível para todos. Basta buscar se conhecer de forma verdadeira, sem tabus ou medos. “Não existe busca mais maravilhosa do que se conhecer e se amar do jeito que é. O resto é ajuste, é experimentar, se permitir, ver o que funciona ou não. O importante é não desanimar e não ter medo de investir em si mesmo”, diz Amanda.
No caso de Fernando*, que é um homem trans com vagina, as pessoas acham que o masturbador de uma mulher cis, como um dildo, vai servir para ele. “Mas eu não gosto de penetração, então eu não sentiria prazer com um dildo dentro de mim. Eu geralmente compro pela internet algo que possa me satisfazer e adapto”, relata.
Dentre os brinquedos e acessórios que podem ser encontrados no Brasil, Amanda indica algumas opções:
