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Estimulantes sexuais na bebida e a importância do consenso no sexo: entenda

Após influencer sugerir colocar estimulantes na bebida de mulheres, a Pouca Vergonha levanta a desvalidação do "não" feminino na sociedade

atualizado 19/10/2020 20:17

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Estimulantes sexuais e consenso Foto: Priscila Zambotto/Getty Images

No último fim de semana, um influencer de Joinville, Santa Catarina, causou polêmica ao fazer propaganda de um estimulante sexual natural. Fabrício dos Santos Simão sugeriu que o produto fosse colocado na bebida de mulheres que não quisessem ter relações no primeiro encontro.

“E, às vezes, a menina quer ir para frente com o cara, mas aí ela pensa não, não. Na primeira vez não, vou me fazer de difícil. Aí tu joga no copo dela”, disse o catarinense.

Logo após a repercussão negativa, Fabrício apagou o vídeo e se retratou em suas redes sociais. “Muitas mulheres já passaram por essa situação e eu entendi. Que se justifica não cresce, então eu tô passando para me desculpar”, disse.

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, ainda que não se trate de uma droga ilícita ou entorpecente, dar este tipo de estimulante a outra pessoa sem que ela saiba pode ser considerado abuso sexual.

“Qualquer forma que se utilize para burlar ou contornar o consentimento, ou seja, a pessoa estar em plenas condições físicas e mentais para dizer que quer ou que não quer determinada coisa, pode sim ser considerado abuso”, explica.

Machismo estrutural

André pontua que pensamentos como esse são comuns em uma sociedade que ainda dá mais valor às vontades dos homens em detrimento da validação feminina. “Desde pequenos aprendemos que nós, homens, temos poder e direito sobre o corpo das mulheres. Infelizmente isso ainda é muito reverberado”, diz.

Contudo, é importante frisar a importância do consentimento – permissão, manifestação favorável – para que esteja tudo bem manter relações com outra pessoa. Permissão esta que há que se questionar caso a pessoa esteja sob o efeito de alguma substância.

Ainda sobre consentimento, André alerta para a questão dos relacionamentos, já que estar em um namoro, ou mesmo casamento, não é passe livre de permissão vitalícia para ninguém.

“Existe um termo chamado ‘estupro marital’, que é o que muitas mulheres casadas passam. Muitas delas são forçadas a transar, porque se os homens já se acham no direito sobre seus corpos antes, imagina depois de se casarem. O ‘não’ delas é muito desvalido”, afirma.

Com consentimento, tudo é válido

Mas é importante lembrar que os estimulantes sexuais não são o vilão da história. Geralmente feitos com misturas de ingredientes naturais e afrodisíacos, como guaraná, catuaba, marapuama e etc., eles podem ser uma boa opção para dar aquele up no tesão.

“Tendo consentimento e fazendo bem para ambas as partes, que mal tem? Estimulantes, brinquedos, posições, coisas novas, ir para o kinky… tudo vale, desde que se tenha permissão e ciência de todo mundo”, finaliza o sexólogo.

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