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41% das mulheres não sabem definir o que é consentimento; entenda

Pesquisa afirma que boa parte das mulheres ainda não sabe definir consentimento ou perceber quando ele não está sendo respeitado

atualizado 04/03/2024 22:10

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Foto colorida de uma mulher de costas sentada na beirada da cama olhando pela janela - Metrópoles Boy_Anupong/Getty Images

Você sabe o que é consentimento? Apesar de parecer óbvio para muitas pessoas, grande parte das mulheres ainda não sabe do que se trata o conceito ou mesmo definir quando ele está sendo desrespeitado.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Data Popular, realizada com 2.000 brasileiras de 18 a 44 anos, 41% das mulheres não souberam definir o que é consentimento em uma relação.

Já um estudo da Plan International, realizado em 14 países, mostrou que 58% das mulheres não tiveram qualquer tipo de orientação sobre consentimento. Além disso, apenas 1 em cada 5 das entrevistadas afirmou ter total autonomia sobre o próprio corpo e sobre suas escolhas dentro de um relacionamento.

“Por desinformação, educação ou estereótipos de gênero, milhões de mulheres não reconhecem sinais de qualquer tipo de abuso, o que exige medidas eficazes de enfrentamento para promover a autonomia feminina”, diz, em nota, a sexóloga Claudia Petry.

O consentimento, de forma prática, é o ato de permissão para toques e atos sexuais. E tão importante quanto saber o que é, é saber que ele pode ser retirado a qualquer momento.

“Um dos principais argumentos dos abusadores é: ‘a pessoa quis, ela disse que queria antes, ela foi até o motel comigo, já havia transado com ela antes’ etc. Consentimento não é marcado em pedra. Existem milhares de motivos para uma pessoa mudar de ideia sobre fazer sexo: estar incomodada com algo, constrangimento ou simplesmente ter perdido o desejo. E tudo bem”, afirma o terapeuta sexual André Almeida.
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O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)

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E o silêncio?

É essencial lembrar que o consentimento, muitas vezes, vai além do “não é não”, uma vez que um “sim” sob pressão ou mesmo o silêncio também pode ser um não, e deveria ser respeitado. Muitas vezes, o silêncio é confundido com consentimento. Mas não é.

“O fato de você hesitar não significa um ‘pode ser, talvez’. O seu consentimento, seja para uma relação sexual ou uma ida ao cinema, tem que ser explícito e autêntico, com demonstração genuína de interesse”, pontua Claudia.

A especialista também faz um adendo importante para os casos de mulheres casadas ou em um relacionamento. Mesmo que ainda exista um pensamento de que, com o enlace, o homem tem poder ou controle sob o corpo de sua parceira, a mulher tem o direito de não querer ser tocada.

“Esse quesito é indiscutível e inegociável. Nunca esqueça: não importa se é seu marido de 20 anos ou um relacionamento casual. Se você não está disposta a ter relação sexual, seja qual for o motivo, o ‘não’ é sua palavra final. O corpo é seu, e jamais deve ser ‘cedido’ para satisfazer o outro”, elucida.

Como estabelecer limites?

Segundo a psicóloga Monica Machado, o consentimento deve estar no centro de cada atitude e decisão entre o casal. Para isso, a principal ferramenta é o diálogo.

“Promova o diálogo contínuo e, se preciso, estabeleça limites que definam o que é permitido ou não, garantindo um espaço seguro entre ambos. Quanto mais à vontade você se sentir, mais prazerosas serão as interações entre vocês”, afirma.

Além disso, é sempre válido procurar o ajuda de um especialista em saúde mental e, se for o caso, suporte legal.

“Mulheres que desconhecem o significado do consentimento em uma relação e a importância do respeito mútuo são mais propensas a sofrer violência física, psicológica e, consequentemente, impactos negativos na saúde física e mental”, finaliza Claudia.

 

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