A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai destinar R$ 6,4 milhões na ampliação do monitoramento de rodovias com o uso de drones. A corporação está comprando 92 aeronaves remotamente pilotadas para aplicação em atividades de inteligência, operações especiais e fiscalização de infrações de trânsito.
De acordo com o estudo técnico da licitação, a compra é “estrategicamente pertinente” para a PRF. “A aquisição das aeronaves remotamente pilotadas foi prospectada como uma estratégia de produção de conhecimento de inteligência policial sem afetar a capacidade de policiamento ordinário”, diz o documento.
A compra foi dividida em 5 lotes, por tamanho e funcionalidade dos drones. No primeiro e segundo lotes estão 47 aeronaves com quatro motores, tamanho diagonal de 40 centímetros, peso máximo de 1,2kg e velocidade vertical de 8 metros por segundo. Cada drone nesses dois lotes foi orçado em R$ 93,4 mil.
No terceiro e quarto lotes estão 37 drones equipados com sensores Cmos de 20 megapixels, que formam imagens a partir de descargas elétricas, além de uma câmera 4k. As aeronaves também devem ter quatro motores, tamanho diagonal de 35 centímetros e peso máximo de 1,3kg, com velocidade vertical de 6 metros por segundo. Nesses dois lotes, a cotação unitária dos drones foi de R$ 54,6 mil.
No último lote estão 8 drones de 24,7 centímetros de tamanho diagonal, quatro motores e peso máximo de 290 gramas. Orçados em R$ 8,5 mil, cada drone deve vir equipado com sensor Cmos de 48 megapixels.
As aeronaves serão operadas pelas diretorias de Inteligência e Operações e pela Corregedoria Geral da PRF. Seis drones serão destinados à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que aderiu à compra.
Testes
A PRF começou a utilizar drones no patrulhamentos de rodovias e em operações de inteligência em julho deste ano, em escala de testes. Desde agosto, as superintendências da corporação nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina fazem uso da tecnologia em trechos específicos das rodovias BR-262, BR-101 e BR-282.
Nos testes, a PRF verificou a funcionalidade dos drones em períodos de grande fluxo de veículos e em locais onde não há acostamento, o que coloca em risco a segurança dos agentes.
