Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha é o favorito do Centrão para assumir o Ministério da Saúde, diante da iminente saída de Nísia Trindade. Como mostrou a coluna, líderes desse grupo político cobram mais espaço na Esplanada para permanecer na base de apoio do governo Lula, após o presidente demonstrar fragilidade e atingir o menor patamar de aprovação dos seus três mandatos.
Atualmente, são cotados para a Saúde Alexandre Padilha e também o vice-presidente Geraldo Alckmin, atualmente ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A substituição de Nísia é vista como provável, porque Lula foi aconselhado a colocar na pasta um nome com mais capilaridade política, para satisfazer o apetite do Congresso pela liberação de emendas.
O Centrão tem boa relação com Alckmin, mas prefere Padilha, porque o ministro da SRI é deputado licenciado. Ou seja, ele mesmo faz parte do Congresso e conhece bem a necessidade da base aliada no Legislativo pela liberação de verbas, principalmente em um ano que antecede o período eleitoral. Padilha é médico infectologista pela Universidade de São Paulo e PHD em saúde pública pela Universidade de Campinas (Unicamp).
Desde os primeiros meses do governo Lula 3, o Centrão faz uma ofensiva pelo Ministério da Saúde. A pasta tem o terceiro maior orçamento da Esplanada (R$ 241,61 bilhões previstos para 2025). Outro ponto central é que por ela passa pelo menos metade das emendas parlamentares. No jargão, congressistas dizem que a Saúde é um bom lugar para “fazer política”.
Troca na SRI de Padilha
Caso o atual ministro deixe o cargo, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), é cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais. O parlamentar faz parte da base de Lula no Congresso e é um representante do Centrão.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), também foi cotado. O parlamentar licenciado, porém, afirmou a aliados que pretende continuar na pasta.
