O Novo superou o PSol e ficou em 2º lugar na eleição para a presidência a Câmara, neste sábado (1/2), com 31 votos a 22. O eleito para comandar a Casa foi Hugo Motta (Republicanos-PB), que fechou uma aliança com 17 partidos, que vão do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro ao PT do presidente Lula. Ele contou com o apoio de 444 pares.
O Novo representa a ala da direita menos disposta ao diálogo com o centrão. A sigla lançou Marcel Van Hattem como candidato. O deputado gaúcho fez intensa campanha buscando apoio de bolsonaristas insatisfeitos com o acordo do PL com Hugo Motta. O grupo cobra um compromisso, abraçado apenas por Van Hattem, de pautar projetos como a anistia aos presos do 8 de Janeiro.
Já o PSol apostou no Pastor Henrique Vieira (RJ), nome que se coloca à esquerda do próprio PT. O psolista apontou que Hugo Motta, apesar de compor o centrão, tem mais afinidade com a direita e tem relação com nomes como o ex-deputado Eduardo Cunha, que comandou o impeachment de a Dilma Rousseff, e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro.
Vieira argumentou que a eleição de Motta com apoio da esquerda poderá prejudicar o a própria reeleição do presidente Lula.
Desde que foram postas, as candidaturas de Van Hattem e Henrique Vieira eram consideradas natimortas pelos pares. Motta foi uma espécie de “candidato único”, pois conseguiu negociar, com o apoio do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL), a retirada das candidaturas de Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), outros dois representantes do centrão e vistos como viáveis na eleição.
