O ex-presidente Jair Bolsonaro estipulou metas estratégicas para 2024. Entre elas, ser absolvido, na Justiça, de acusações que lhe são imputadas pela Polícia Federal, como no caso das joias.
Nesse campo, Bolsonaro tem esperança de que a Procuradoria-Geral da República sequer ofereça denúncia. E, ainda, de que o caso seja analisado por instância inferior, ficando longe das mãos do ministro Alexandre de Moraes, atual relator do caso no STF.
Ainda na esfera judicial, o ex-presidente espera conseguir ampliar o apoio, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para reverter a inelegibilidade que lhe foi imposta pela Corte este ano. Por conta das mudanças na composição do TSE, ele avalia ter chances de disputar a Presidência em 2026.
Também em 2024, Bolsonaro vai trabalhar para eleger aliados próximos para comandar as prefeituras das 95 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. São municípios considerados estratégicos não só pela quantidade de eleitores em si, mas pela capacidade de influenciarem regiões vizinhas.
O ex-presidente avalia que montar uma base sólida de prefeitos será o alicerce para um bom desempenho de seu grupo político na disputa Presidencial dois anos depois. Bolsonaro diz que ficou muito focado em sua defesa no STF em 2023. E que, no ano que vem, estará “mais próximo dos parlamentares” e “organizando as bandeiras da direita”.
Para 2024, Jair Bolsonaro também anseia uma vitória que não depende se sua articulação: o êxito de Donaldo Trump na disputa presidencial nos Estados Unidos. Somando-se à vitória de Jaiver Milei na Argentina, o sucesso do norte-americano ajudaria o ex-presidente brasileiro a ganhar apoio no cenário internacional. Seja para contestar eventual condenação pelo STF, seja para pressionar o TSE a deixá-lo elegível novamente.
