Nem só de romantismo vivem os relacionamentos… os casais de Pega Pega estão de volta e mostram que até as famosas DR’s (discussões de relacionamento) e confusões do dia a dia fazem bem para sair da rotina e apimentar a paixão. E na comédia romântica policial de Claudia Souto, com direção artística de Luiz Henrique Rios, o que não falta é pedra no sapato dos personagens, com investigações, desconfianças, intrigas e idas e vindas do início ao fim da trama. Mas é o amor quem sempre vence.
E Pega Pega tem todos os tipos de amores. À primeira vista, platônicos ou os do passado que se reencontram. Tem também os que, literalmente, lidam com a situação polícia e ladrão. Amores que superam interesses, desafios e concorrentes. Das paixões genuínas àquelas cheias de faíscas. Dos maduros aos adolescentes. Tem ainda os só ficam juntos no último capítulo.
Luiza (Camila Queiroz) e Eric (Mateus Solano) formam o tipo de casal fisgado no primeiro olhar. Os dois se conhecem em Foz do Iguaçu por uma artimanha do destino que tem nome, o Carioca Palace, hotel que ela é herdeira e sonha administrar. Durante a viagem, ela faz um favor ao avô, Pedrinho Guimarães (Marcos Caruso), e leva documentos dele para Eric, sem saber que se trata da venda do estabelecimento para o empresário carioca. De volta ao Rio de Janeiro, o sonho de Luiza se torna seu maior pesadelo: acaba descobrindo por vias tortas que seu novo amor comprou o cinco estrelas; que o dinheiro da transação – 40 milhões de dólares – foi roubado; e que ela e o avô estão falidos. Para piorar, outra decepção toma conta de Luiza: Eric é apontado injustamente como suspeito do assalto e acaba preso. E esse é só o início, que dentre os pivôs de seus vários encontros e desencontros ainda contam com Maria Pia (Mariana Santos), amiga e assessora pessoal de Eric, que sustenta um amor antigo por ele.
O Carioca Palace também marca a história de amor de Antônia (Vanessa Giácomo) e Júlio (Thiago Martins). É por lá que eles se veem pela primeira vez, mas é o fatídico golpe no hotel que permeia o relacionamento, que até ganhou do público a hashtag #Jutonia. Enquanto a detetive investiga o roubo milionário, ela se apaixona pelo garçom do estabelecimento, amigo de seu irmão, Nelito (Rodrigo Fagundes), e nem desconfia de que ele é um dos bandidos. Mas pode um grande amor sobreviver a uma grande mentira? Arrependido desde o dia do assalto, Júlio vive um grande dilema: contar ou não para ela o que fez? Mas se o garçom demorar muito, tem concorrência de olho na inspetora: Domênico (Marcos Veras), dupla de Antônia na delegacia de Copacabana.
Outro casal que movimentou a novela também está de volta: Sandra Helena (Nanda Costa) e Agnaldo (João Baldasserini), camareira e recepcionista do Carioca Palace, que juntos aproveitam as suítes desocupadas para momentos de romance. Na época, o entrosamento do casal em cena vinha da parceria de seus intérpretes nos bastidores. “O público adorava! Quanto mais irreverente e à vontade, sem cobrança, sem julgamento, dançávamos, mais o público gostava”, comenta Baldasserini.
E o sucesso de #Malapia, formado por Malagueta (Marcelo Serrado), mentor do golpe ao Carioca Palace, e Maria Pia (Mariana Santos)? O público se tomou de amores pelas carências emocionais dos personagens, que encontram força um no outro. Os dois se tornam cúmplices em busca de seus propósitos, mas a proximidade da dupla, com direito a muitas verdades e alfinetadas de ambos os lados, faz brotar uma relação intensa. A escritora ainda revela que o casal de vilões virou uma febre até dentro do elenco: “Quando Maria Pia e Malagueta se encontraram e deu aquela faísca, pensei ‘temos um casal!’. E as pessoas começaram a me cobrar eles juntos até nos bastidores”.
Um triângulo amoroso também conquistou fãs. A vida de Pedrinho Guimarães (Marcos Caruso) sempre foi rodeada de luxo e amores, mas no fundo, ele nunca soube valorizá-los. E é com a transformação trazida com sua nova realidade financeira que o bon vivant reflete sobre seu passado, principalmente quando ele retorna quando Pedrinho menos espera. Arrogante ao extremo, Sabine (Irene Ravache) está de volta ao Brasil e parece que só ele é capaz de esquentar o coração da suíço-brasileira. Nos áureos tempos, os dois tiveram um affair mal resolvido que ainda hoje mexe com ambos. A chegada de um novo amor também surpreende o ex-dono do Carioca Palace, é Arlete, personagem de Elizabeth Savalla.
Dos relacionamentos maduros aos primeiros amores da vida, representados por Bebeth (Valentina Herszage) e Márcio (Jaffar Bambirra). Diferentemente do pai, Eric (Mateus Solano), que prioriza os negócios, a adolescente não é apegada ao dinheiro e a bens materiais. O pai faz de tudo para agradar a jovem, mas não entende o que ela mais quer e precisa: atenção e carinho. Bebeth vive os efeitos colaterais de um episódio da infância, em que presenciou a morte da mãe, Mirella (Marina Rigueira), num acidente de carro. Isso a abalou e fez com que desenvolvesse um estresse pós-traumático. É Márcio quem alerta Eric sobre as consequências desse trauma de Bebeth, que o próprio pai finge não ver. O jovem trabalha na companhia de teatro de bonecos de sua família e, enquanto respeita e apoia namorada, seu pai, Borges (Danton Mello), desaprova o relacionamento e chama a parceira do filho de ‘Problemeth’.