Você sofre com dores na coluna? Saiba que não está sozinho. Cerca de 5,4 milhões de brasileiros compartilham do mesmo problema. As razões são diversas. Se o seu incômodo se dá por conta de hérnia de disco ou estreitamento dos canais neurais da coluna vertebral, a ciência tem uma solução promissora.
Quem explica é o especialista em coluna Nilo Carrijo, médico da clínica Cote, no Guará. Abaixo, ele tira dúvidas sobre esse eficaz tratamento.
Quando é constatado que o paciente tem hérnia de disco, qual é o procedimento indicado?
É sempre bom lembrar que o ponto de partida é a prática de atividades físicas de fortalecimento e medicações.
Quando tudo isso falha, gosto de explicar para os meus pacientes o quanto a tecnologia relacionada a procedimentos cirúrgicos na coluna evoluiu. Hoje temos, por exemplo, a endoscopia de coluna, técnica cirúrgica que, quando bem utilizada, proporciona excelentes resultados.
Como é realizado o procedimento?
Através de uma pequena incisão, um corte menor que 1cm, é inserido uma cânula até o local onde está a patologia. Por meio dela, introduz-se um tubo flexível bem fino com uma câmera em sua extremidade que investiga ao vivo e transmite as imagens da coluna em um monitor.
Com instrumentos especiais e de alta precisão, pode-se visualizar e remover partes do disco lesionado e fragmentos de disco herniados, descomprimindo e aliviando a pressão no nervo e dentro do disco.
Para quais casos o procedimento é indicado?
Para descomprimir os nervos da coluna, e diminuir dores, sejam elas causadas por hérnia discal, artrose de coluna, espessamento ligamentar e estreitamento de canal espinhal.
E quais as vantagens para o paciente em optar pela endoscopia de coluna?
Além de seguro, o procedimento é minimamente invasivo. Um importante benefício é, ainda, menor trauma ou lesão no tecido ósseo e muscular. Os músculos não necessitam ser rompidos ou cortados. Com isso, o sangramento é bastante reduzido.
Como é o processo de recuperação?
A recuperação ocorre de maneira rápida, e muitos pacientes voltam para casa no mesmo dia do procedimento. Em sete a dez dias, atividades de menor esforço são liberadas. Após 6 a 8 semanas, pode-se praticar aquelas de maior esforço.
Um pós-operatório bem feito, seguindo as recomendações médicas, garante o máximo de êxito com retomada na maioria dos casos em 100% da qualidade de vida que estava prejudicada pela dor e limitações.
