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Setor de reivindicações: o braço do PCC para desestabilizar o sistema

O "Setor de reivindicações" opera com uma série de táticas para manipular a opinião pública e atacar a imagem das instituições

atualizado 15/01/2025 15:16

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Setor de reivindicações: o braço do PCC para desestabilizar o sistema Reprodução

Uma investigação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil, mostrou uma nova estratégia do Primeiro Comando da Capital (PCC) para desestabilizar o sistema prisional. O grupo criminoso criou o “Setor de Reivindicações”, que utiliza ONGs, como a Pacto Social e Carcerário de São Paulo, para agir em função dos interesses da organização criminosa. A entidade foi alvo da operação Scream Fake, deflagrada nessa terça-feira (14/1).

O setor, que conta com a atuação direta do “Setor dos gravatas”, advogados ligados à facção, tem como principal objetivo divulgações encomendadas pela organização criminosa.

De acordo com as apurações, a ONG, que deveria atuar na defesa dos direitos dos presos e egressos do sistema prisional, foi criada e é operada por advogados que, anteriormente, atuavam no “setor de saúde” do PCC. Estes profissionais, que viabilizavam tratamentos médicos para faccionados, se tornaram responsáveis por instrumentalizar a ONG para promover ações judiciais em nome da facção. As apurações mostram que a entidade não possui uma sede física formal e seu funcionamento é mantido por recursos provenientes do crime.

O “Setor de reivindicações” opera com uma série de táticas para manipular a opinião pública e atacar a imagem das instituições. Entre as principais atividades do setor estão:

Ações judiciais ilegítimas: através da ONG e seus advogados, a facção protocola ações judiciais contra agentes públicos, buscando enfraquecer a credibilidade do sistema de Justiça e provocar reações negativas contra o Estado.
Fomento a discursos falsos: por meio das ONGs de fachada, a facção fomenta discursos que buscam desconstruir a imagem de entidades do sistema prisional e de segurança pública, incluindo falsas denúncias de abusos e maus-tratos.
Apoio logístico e financeiro a manifestações: a facção disponibiliza recursos, incluindo coletes e armas, para a organização de atos públicos, além de garantir o suporte necessário para a realização de protestos que visam gerar caos e desestabilizar o sistema.

Operação Scream Fake

A operação desencadeada pelo Gaeco, intitulada “Scream Fake” – uma alusão ao documentário “Grito”, lançado pela Netflix em 2024 e que retrata a realidade do sistema prisional brasileiro – foi realizada nessa terça-feira (14/1). Durante a ação, 12 pessoas foram presas preventivamente, incluindo três advogados que atuavam em nome do PCC, além da presidente e do vice-presidente da ONG Pacto Social e Carcerário.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias cidades do estado de São Paulo, incluindo São Paulo, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Sorocaba, além de Londrina, no Paraná.

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