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Religiosos que prometeram “octilhão” de reais a fiéis são alvo da PCDF

O grupo era composto por cerca de 200 integrantes, incluindo líderes evangélicos, advogados e influenciadores digitais

atualizado 30/01/2025 8:07

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30/1), a terceira fase da Operação Falso Profeta, contra uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e estelionato religioso. O grupo, composto por cerca de 200 integrantes, incluindo líderes evangélicos, advogados e influenciadores digitais, convencia fiéis a investirem dinheiro com promessas de retornos milionários e até valores absurdos, como um “octilhão” de reais.

A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) contou com 90 policiais civis e apoio das Polícias Civis de Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de valores e redes sociais.

O golpe

O esquema era sustentado por um discurso religioso e conspiratório, baseado na teoria conhecida como “Nesara Gesara”. O grupo usava redes sociais como YouTube, Telegram, Instagram e WhatsApp para divulgar a falsa promessa de que fiéis escolhidos por Deus poderiam receber fortunas, bastando fazer um pequeno investimento.

Exemplos dos “negócios” oferecidos pelo grupo:
– Depósito de R$ 25 para receber um octilhão de reais
– Investimento de R$ 2 mil para lucrar 350 bilhões de centilhões de euros

Para dar credibilidade ao golpe, os criminosos criavam empresas fantasmas e falsos bancos digitais, onde as vítimas supostamente receberiam suas fortunas. Além disso, os fiéis eram convencidos a assinar contratos ideologicamente falsos e fornecer dados pessoais e bancários, que poderiam ser usados em outras fraudes.

Prejuízo milionário

As investigações, que começaram há mais de dois anos, identificaram vítimas em quase todos os estados do Brasil, ultrapassando 50 mil pessoas enganadas. Desde 2019, os criminosos movimentaram mais de R$ 160 milhões, além de manter 800 contas bancárias suspeitas e operar através de 40 empresas de fachada.

Até o momento, quatro pessoas já foram presas e condenadas por estelionato. No entanto, mesmo após a repercussão dos casos, o grupo continuou aplicando golpes, agora atingindo um novo nível de organização e alcance.

Com a deflagração da nova fase da Operação Falso Profeta, a Polícia Civil busca desmantelar definitivamente a estrutura financeira do grupo, além de garantir que os principais líderes sejam responsabilizados. Os investigados poderão responder por estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Polícia Civil reforça o alerta para que a população não caia em promessas de dinheiro fácil e denuncie qualquer atividade suspeita às autoridades.

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