Reportagens exclusivas sobre segurança pública, investigações policiais e o combate às organizações criminosas

Desembargadora, filhos e ex-assessor viram réus por venda de sentenças

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça recebeu a denúncia do MPF contra a desembargadora e outras três pessoas na quarta (19/2)

atualizado 20/02/2025 9:25

Compartilhar notícia
TJBA/Divulgação

Uma desembargadora e dois filhos dela, além do advogado e ex-assessor, foram denunciados por suposta participação em organização criminosa voltada à prática de corrupção e lavagem de dinheiro. A magistrada e um dos herdeiros também são acusados de dificultar as investigações.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) nessa quarta-feira (19/2). Os quatro são investigados na Operação Faroeste. Deflagrada em 2019, a operação apura esquema de venda de decisões judiciais do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) relacionadas a disputas de terras na região oeste do estado. As investigações, até o momento, apontam envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e produtores rurais.

Em novembro de 2024, a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia Lígia Maria Ramos Cunha Lima (foto em destaque) foi aposentada compulsoriamente, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em processo administrativo disciplinar. Ainda cabe recurso da decisão.

4 imagens
Lígia Maria Ramos Cunha Lima
Lígia Maria Ramos Cunha Lima
1 de 4

2 de 4

3 de 4

Lígia Maria Ramos Cunha Lima

4 de 4

Lígia Maria Ramos Cunha Lima

Reprodução

Manifestação do MPF
Na sessão de julgamento, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, ressaltou que as provas são suficientes para atestar a participação dos réus no esquema criminoso.

Entre as documentações, citou a quebra de sigilo bancário e fiscal, relatórios de inteligência financeira e reiterados contatos telefônicos entre assessores da desembargadora e os advogados das pessoas beneficiadas pelas decisões judiciais. “Todos os fatos relatados na denúncia estão, em seu contexto geral, suficientemente comprovados pela soma das provas produzidas”, frisou.

O vice-procurador-geral da República acrescentou ainda que tais provas são reforçadas pelas informações obtidas no acordo de colaboração premiada firmado entre o MPF e um dos réus, o advogado e ex-assessor.

Em um dos depoimentos, ele teria afirmado que recebeu R$ 400 mil para intermediar um dos julgamentos. O relator do caso, ministro Og Fernandes, reiterou que as provas apresentadas pelo MPF, incluindo ainda gravações ambientais, confirmam as declarações do colaborador e indicam as práticas dos crimes.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar