Criada em meio à pandemia, a Luny Shop merece atenção. Em um ano de história recém-completado, a marca vem apostando em acessórios com pegada descontraída. Toque místico e mix de materiais estão na essência da label de Ana Laura Oliveira. O carro-chefe são as semijoias. Entre os itens do e-commerce, estão colares, anéis, brincos e pulseiras.
Vem conhecer!
Formada em publicidade, Ana Laura Oliveira, de 29 anos, nasceu em Ipatinga, no interior de Minas Gerais. Atualmente, mora em São Paulo, onde criou a Luny Shop. A marca virtual nasceu do sonho de empreender.
À época, a jovem trabalhava no marketing de outra marca e, então, passou a trabalhar em home office, devido à crise de Covid-19. Na quarentena, Ana Laura viu uma oportunidade para se dedicar a um novo negócio.
“Foi com a pandemia que eu realmente consegui colocar o plano em prática, porque trabalhando no escritório eu não tinha tempo; sempre deixava para depois. Ficava com medo, porque ninguém me encorajava ou me apoiava”, lembra.
Com a ajuda do marido, o diretor de arte Rafael Ribas, a empreendedora criou a identidade visual da etiqueta. A marca foi lançada oficialmente no dia 1º de junho. A ideia era oferecer acessórios de qualidade a preço acessível.
As inspirações da Luny vêm da arte e do entretenimento, principalmente do universo musical. Entre as referências, estão nomes como Harry Styles, Taylor Swift e The Lumineers. Apaixonada por moda e também por memes, Ana Laura costuma buscar ideias no Pinterest.
“O DNA da Luny sou eu. Basicamente, eu juntei tudo o que eu gosto em uma coisa só”, celebra a idealizadora. “O nome ‘Luny’ veio porque eu gosto muito da Lua, do céu e de astrologia”, completa.
A Luny trabalha com coleções, em média uma a cada dois meses. Além disso, todo mês há alguns lançamentos avulsos. Os últimos compilados foram revelados em fevereiro, abril e junho.
“Gosto de usar temas e conceitos variados. Mantemos a identidade principal da Luny, porém, com inspirações diferentes. Cada coleção tem uma papelaria nova, todo um storytelling com vídeos, e eu sinto que as pessoas gostam muito disso”, aponta Ana Laura Oliveira.
A vibe retrô é um dos destaques. Entre as peças mais famosas da marca, estão as que misturam miçangas com corrente banhada a ouro ou prata. Atualmente, a empreitada caminha para ter uma confecção 100% própria e autoral.
“Hoje, utilizo vários tipos de materiais, porque gosto de trazer variedade, ainda assim com qualidade. Semijoia hipoalergênica é o principal, mas também trabalho com peças artesanais, que eu mesma produzo à mão. São feitas com fio de náilon e acabamento de metal com banho de ouro ou com zamac, um tipo de metal antioxidante que eu uso muito nas bijuterias finas”, esclarece a fundadora.
“Tento trazer essas duas vertentes, para ser mais democrática. Não queria ser uma marca de luxo inalcançável; eu também queria atingir um público que não tem tanto poder aquisitivo”, acrescenta.
O ato de abrir a marca depois da chegada da pandemia é bastante ousado, mas Ana Laura aproveitou o boom das compras on-line. “Comecei do zero. Minhas expectativas eram baixas e eu acabei me surpreendendo. Deu certo, tive um crescimento muito rápido”, comemora.
Contudo, lidar com a instabilidade também é um desafio. Para o futuro, a jovem empreendedora quer expandir cada vez mais o negócio, somente com peças autorais. “Tenho planos de virar uma marca que também tem tudo: roupas, calçados, bolsas e outros tipos de acessórios, mas é algo que vai levar tempo e é preciso ter planejamento”, almeja.
“Meu maior objetivo é ser cada vez mais independente; crescer e ajudar outras pessoas a crescerem também, gerar empregos. Fazer outras mulheres empreendedoras acreditarem que elas podem chegar longe e fazer as próprias histórias”, finaliza Ana Laura Oliveira.
Colaborou Rebeca Ligabue
