A etiqueta de moda de luxo Chrome Hearts abriu um processo judicial contra a Shein, por plágio e violação de marca registrada. A ação foi apresentada em um tribunal federal de Los Angeles, na Califórnia (Estados Unidos), em 24 de agosto. A grife alega que a varejista chinesa comercializa produtos com logomarca indevida, incluindo roupas e acessórios.
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Esta não é a primeira vez que a Shein é acusada por usurpar propriedade intelectual. Após reviravoltas com a Zara, a varejista foi acusada de copiar peças da designer Bailey Prado, além de lançar frequentemente peças semelhantes às criadas por etiquetas de luxo.
O processo indica que a rede de fast fashion vendeu produtos com logotipos, designs e nomes que são idênticos ou semelhantes aos criados e comercializados pela Chrome Hearts. Fundada em 1988, a empresa de luxo também diz que a Shein causa confusão entre os consumidores ao promover o uso de marcas registradas da label norte-americana para promover os próprios produtos.
A ação da Chrome Hearts busca indenização por danos monetários e uma ordem judicial para que a Shein pare de vender os produtos que infringem marcas registradas. Até a publicação desta reportagem, a empresa chinesa não se pronunciou sobre o processo judicial.
Comandada por Richard e Laurie Lynn Stark, a empresa norte-americana detém a patente da cruz como “Cemetery Cross Patch” e “CH Cross”. A etiqueta sinalizou na denúncia que as cruzes usadas pela Shein usou os itens, sem autorização, em produtos, campanhas publicitarias e em diversas promoções.
A etiqueta também aponta que nos últimos cinco anos deu entrada em mais de 100 ações judiciais contra o uso indevido e violação de marca registrada. Entre as etiquetas acusadas, estão Dolls Kill, Macy’s, Sears, JC Penney, Hot Topic, Fashion Nova, Missguided, Philipp Plein, The Kooples e MNML Los Angeles.
O que está em jogo?
A ação da Chrome Hearts é um caso importante para o setor de moda, por tomar medidas ao combate de falsificações. A movimentação judial pode ter implicações significativas para a forma como as marcas de luxo lidam com a concorrência do fast fashion.
Um representante da Shein disse em entrevista ao The Fashion Law: “A Shein leva a sério todas as reclamações de violação. Não é nossa intenção infringir a propriedade intelectual válida de ninguém e não é nosso modelo de negócio fazê-lo. Os fornecedores Shein e vendedores do Marketplace são obrigados a cumprir a política da empresa e certificar que seus produtos não infringem a propriedade intelectual de terceiros. Continuamos investindo e melhorando nosso processo de análise de produtos”.
