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União Brasil ameaça romper com Garcia e lançar Moro ao governo de SP

Discurso é de que ex-juiz daria palanque a Luciano Bivar em São Paulo e ajudaria a eleger mais deputados federais do partido no estado

atualizado 30/05/2022 13:24

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Após filiação ao União Brasil Sérgio Moro faz um pronunciamento no Hotel Intercontinental, em São Paulo. Ele fala diante de microfones e usa terno - Metrópoles Fábio Vieira/Metrópoles

A cúpula do União Brasil ameaça romper com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e lançar o ex-juiz Sergio Moro como candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano.

O discurso é de que Moro não só daria palanque a Luciano Bivar, pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, como ajudaria ainda mais a eleger deputados federais da sigla no estado.

“Há membros da executiva em São Paulo que querem colocar o Moro candidato a governador para ter um palanque no estado, fortalecer o 44 (número do União Brasil). Para alguns deputados, isso é conveniente porque, com uma candidatura a governador, você teria um voto de legenda mais considerável”, afirmou à coluna o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente do União Brasil em São Paulo.

A aposta é de que a “dobradinha” Moro candidato ao governo e sua esposa, a advogada Rosângela Moro, a uma vaga na Câmara por São Paulo contribuiria ainda mais para a eleição de uma bancada federal robusta.

“Com Moro governador e a Rosângela deputada, você teria muito voto de legenda, e a Rosângela, automaticamente, herdaria esses votos que o Moro teria para deputado federal. Então, uniria o útil ao agradável. Seria um belíssimo palanque para o Bivar em São Paulo, além de favorecer a chapa de deputado federal em São Paulo e o União Brasil no país como um todo”, argumenta Bozzella.

Até então, o ex-juiz da Lava Jato vinha se articulando para ser candidato ao Senado na chapa de Rodrigo Garcia, que tentará reeleição em outubro deste ano.

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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil
Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo
Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF
Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro
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Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro foi lançado como pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Meses depois, o ex-juiz mudou para o União Brasil

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Durante a carreira, Moro atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundo

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Moro foi chamado de "suspeito" em pedido apresentado por construtora ao STF

Reprodução
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Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro azedou. Após deixar o governo, o ex-juiz passou a advogar e a atuar como consultor para empresas privadas

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da República

Fábio Vieira/Metrópoles
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No decorrer da carreira, Moro ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo

Fábio Vieira/Metrópoles
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Moro diz que Lava Jato agiu "dentro da lei"

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Acordos não cumpridos

Nos bastidores, integrantes do União Brasil em São Paulo citam ainda uma insatisfação com o atual governador pelo não cumprimento de acordos políticos com o partido para as eleições deste ano.

“Eles (grupo de Garcia) chegam nas cidades atropelando tudo e a todos. Não respeitam ninguém. Não queriam deixar gravar nem o nome do Bivar nas inserções”, resumiu uma fonte do União Brasil.

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