O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, avaliam trocar o comandante da Polícia Militar (PM) após recentes casos de abuso policial.
Segundo fontes graduadas do governo paulista ouvidas pela coluna, a possibilidade já passou a ser discutida nos bastidores. O plano, contudo, prevê que a troca só ocorreria no início de 2025, passado o pico da crise atual.
Atualmente a PM de São Paulo é comandada pelo coronel Cássio Araújo Freitas. Ele está no cargo desde o início do governo Tarcísio, em janeiro de 2023, por escolha do secretário da Segurança Pública.
A pedido do Palácio dos Bandeirantes, o coronel colocou a cara a tapa e deu uma série de entrevistas à imprensa para admitir o erro pelos excessos e abusos de policiais noticiados nas últimas semanas.
Um dos mais emblemáticos ocorreu no início da semana passada, quando um soldado da PM arremessou um homem que estava sob controle do alto de uma ponte na Zona Sul da capital paulista.
Governo Tarcísio prepara projeto
Paralelamente à discussão sobre a troca na PM, Derrite prepara um projeto para mudar regras de aposentadorias dos policiais militares e civis de São Paulo. O objetivo seria facilitar uma renovação dos quadros.
A proposta, segundo apurou a coluna, ainda está sendo preparada pela Secretaria de Segurança Pública e deve ser encaminhada para o Palácio dos Bandeirantes nos próximos dias.
Na quarta-feira (4/12), Tarcísio admitiu à coluna ser necessário fazer “ajustes” na PM após os recentes casos de abuso policial no estado, mas negou pretensão de demitir Derrite.
“Não tem enfraquecimento algum. Temos que fazer ajustes, sem sombra de dúvida. Fazer uma profunda reflexão sobre o que não está dando certo. Sobre o porquê de procedimentos operacionais padrão não estão sendo cumpridos. Mas não é rifa de ninguém que faz resolver. Nas adversidades, temos que procurar juntar. Não espalhar”, disse Tarcísio à coluna na quarta, sem antecipar detalhes.
