O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), planeja indiciar Luiz Paulo Dominguetti, cabo da Polícia Militar de Minas Gerais e suposto vendedor de vacinas, no relatório final da comissão.
Conforme apurou a coluna com auxiliares de Renan, Dominguetti deve ser indiciado por corrupção ativa. O crime consiste no ato de oferecer vantagem indevida a um funcionário público em troca de algum benefício.
Em depoimento à CPI, Dominguetti denunciou que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias teria pedido propina para viabilizar a compra de 400 milhões de doses contra a Covid-19 que o PM tentou vender.
O pedido de propina, segundo relatou Dominguetti, teria sido feito em um jantar, em Brasília, no dia 25 de fevereiro deste ano. O vendedor de vacinas alegou ter desistido do negócio após a solicitação de propina.
Mensagens extraídas pela CPI do celular do cabo da PM mineira indicaram que o suposto vendedor de vacinas negociava com seus parceiros comissão para ele de US$ 0,25 por dose vendida.
O relatório final da CPI deve ser apresentado por Renan após 18 de outubro. O parecer precisa ser aprovado pela maioria da comissão para que seja enviado ao Ministério Público, que decidirá se denuncia ou não os indiciados.