Relator do projeto de lei que prevê anistia a condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) avisou a Jair Bolsonaro que a votação da proposta na Câmara deve atrasar.
O parlamentar serpiano conversou com o ex-presidente sobre o assunto no último fim de semana, durante a edição brasileira da CPAC, conferência conservadora que ocorreu em Balneário Camboriú (SC).
Relator do projeto na Comissão de Constituição e Justica (CCJ) da Casa, Valadares informou a Bolsonaro que a votação do projeto no colegiado, até então prevista para julho, deve ficar para agosto.
O motivo, explicou o deputado, seria a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de focar as duas semanas que antecedem o recesso na votação dos projetos que regulamentam a reforma tributária.
Relator também prevê resistências de Pacheco
Mesmo que seja aprovada na Câmara, o relator prevê que dificilmente a votação do projeto será concluída em 2024 no Congresso. A principal razão seria a resistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A expectativa de Valadares, já expressa a Bolsonaro em conversas anteriores, é de que o projeto só deve avançar no Senado em 2025, caso o senador Davi Alcolumbre (União-AP) suceda Pacheco no comando da Casa.
O deputado sergipano relatou a interlocutores que a proposta também enfrenta resistências entre ministros do STF com os quais se reuniu até agora, entre eles, Gilmar Mendes e André Mendonça.
