O presidente Jair Bolsonaro recusou um treinamento profissional de “media training”, mas aceitou a ajuda de familiares e de alguns auxiliares do Palácio do Planalto e da campanha para se preparar para a entrevista ao Jornal Nacional que acontecerá nesta segunda-feira (22/8).
Um dos “treinamentos” informais aconteceu na tarde desse domingo (21/8), no Palácio do Alvorada. O encontro reuniu nomes como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e assessores como o olavista Filipe Martins e Fabio Wajngarten, chefe da comunicação da campanha.
Segundo relatos, foram discutidos “cenários” para a entrevista. O grupo tentou antecipar ao presidente possíveis perguntas a serem feitas pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcelos e discutiu diferentes possibilidades de respostas para esses questionamentos.
Auxiliares entregaram a Bolsonaro alguns documentos para ajudá-lo a embasar suas respostas na sabatina. Segundo integrantes da campanha, o presidente foi orientado a focar suas falas na apresentação das realizações do governo e no que pretende fazer num eventual segundo mandato.
Além da reunião do domingo, o presidente teve conversas individuais com alguns ministros nos últimos dias. Ele também pretendia conversar com seus auxiliares durante a viagem de Brasília ao Rio de Janeiro. O avião decolou por volta das 14 horas desta segunda.
Bolsonaro viajou para a capital fluminense acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações), além de Wajngarten. Os três primeiros devem acompanhar Bolsonaro no estúdio. Nenhum ministro militar viajou com o presidente.
A entrevista será ao vivo e terá 40 minutos de duração, sem intervalos. Como mostrou a coluna, este ano as sabatinas com os presidenciáveis serão realizadas nos “Estúdios Globo”, anteriormente conhecido como Projac. Até 2018, elas aconteciam no estúdio original do JN, na Central Globo de Jornalismo.
