Em uma operação atípica para finais de semana, a Polícia Federal prendeu o general da reserva Braga Netto e cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de outro militar na manhã deste sábado (14/12), no Rio de Janeiro e em Brasília.
Segundo apurou a coluna, a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes autorizando a prisão e as buscas saiu na terça-feira (10/12). A PF, porém, deixou para cumprir os mandados apenas no sábado porque Braga Netto estava viajando.
“A decisão saiu na quarta, mas um dos alvos (Braga Netto) estava viajando e, para evitar exposições desnecessárias, a PF optou pelo cumprimento logo após o retorno do alvo para a sua residência”, explicou a coluna uma fonte da corporação.
Ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022, Braga Netto foi preso em seu apartamento em Copacabana, zona sul do Rio. De acordo com PF, ele foi detido por atrapalhar as investigações do inquérito do golpe.
Por ser militar, mesmo na reserva, Braga Netto ficará sob a custódia do Exército, que acompanhou a operação de prisão. Como a coluna noticiou mais cedo, o general ficará detido no Comando Militar do Leste, no Rio, à disposição da Justiça.
Prisão no final de semana assim como no caso Marielle
A prisão de Braga Netto guarda semelhanças com a dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes da morte de vereadora Marielle Franco. Os irmãos foram detidos pela PF no dia 24 de março, um domingo.
