Provável vice de Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, Marta Suplicy tem ao menos uma semelhança com Jair Bolsonaro: ambos receberam doação do empresário Pedro Grendene.
Grendene figura tanto na lista de doadores de Marta em 2016, última eleição que ela concorreu, quanto na de Bolsonaro em 2022, quando o então presidente da República tentou reeleição, mas foi derrotado por Lula.
Em 2016, Grendene doou R$ 100 mil para a campanha de Marta a prefeita de São Paulo. Ela acabou, porém, ficando em quarto lugar, atrás de João Doria, Fernando Haddad (PT) e Celso Russomano (Republicanos).
Para Bolsonaro, a doação de Grendene foi mais generosa. Em 2022, o empresário dooou R$ R$ 1 milhão para a campanha à reeleição do agora ex-presidente da República.
Ainda no pleito de 2022, Grendene fez doações polpudas para petistas, como para Elmano Freitas (R$ 2,25 milhões) e Camilo Santana (R$ 1 milhão), eleitos governador e senador no Ceará.
“Empresários do golpe” doaram para Marta
Como mostrou a coluna, a lista de doadores de Marta em 2016 inclui também empresários bolsonaristas investigados por discutir um golpe pró-Jair Bolsonaro em um grupo WhatsApp.
No caso, a então candidata a prefeita recebeu doações de José Isaac Peres (R$ 200 mil), dono do gigante de shoppings Multiplan, e Meyer Joseph Nigri (R$ 50 mil), da construtora Tecnisa.
Apesar de ambos os empresários serem bolsonaristas, apenas Nigri doou para o ex-presidente da República em 2022. Naquele pleito, o empresário contribuiu com R$ 100 mil para a campanha à reeleição de Bolsonaro.