Os poucos liberais que ainda restam no Ministério da Economia intensificaram a pressão, nos bastidores, para que o ministro Paulo Guedes faça nova “recalibragem” na proposta de reforma do Imposto de Renda.
Como a coluna noticiou na sexta-feira (25/6), esse grupo criticou duramente a proposta entregue ao Congresso, por avaliar que ela vai provocar aumento da carga tributária e empoderar ainda mais a Receita Federal.
Desde segunda-feira (28/6), auxiliares do ministro oriundos da iniciativa privada passaram a expor essa insatisfação diretamente ao ministro e a cobrar mais reduções de alíquotas na reforma.
Em um aceno a essa ala do ministério, Guedes anunciou na terça-feira (29/6) que o governo deve ampliar a redução da alíquota do IR para empresas de 2,5 pontos percentuais para 5 pontos já a partir de 2022.
O anúncio, porém, não foi suficiente para acalmar os liberais. Nos bastidores, alguns auxiliares do ministro ameaçam até mesmo entregar os cargos, caso não haja alterações mais substanciais na proposta.