A decisão de Jair Bolsonaro de viajar a Londres para o funeral da rainha Elizabeth II vai obrigar o vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a também paralisarem suas campanhas eleitorais.
Mourão e Lira são o segundo e o terceiro na linha sucessória da Presidência da República, respectivamente. Pela legislação eleitoral, se assumirem o comando do Palácio do Planalto no lugar de Bolsonaro até o pleito de outubro, ambos se tornam inelegíveis.
Para evitar a inelegibilidade, Mourão e Lira terão de se ausentar do Brasil enquanto Bolsonaro estiver fora. Nesse caso, o comando do país será assumido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador, que não disputa as eleições deste ano, é o quarto na linha sucessória.
À coluna, Mourão informou que viajará para o Peru enquanto Bolsonaro estiver fora do Brasil. O vice-presidente da República é candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Já Lira, que disputa reeleição para a Câmara, ainda não disse para qual país pretende ir.
Como noticiou a coluna, de Londres, Bolsonaro viajará direto para Nova York, onde fará o tradicional discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, no dia 20 de setembro. A previsão é de que o atual chefe do Planalto retorne ao Brasil logo após o discurso.
