O avanço da CPI da Covid sobre o Palácio do Planalto, após o depoimento dos irmãos Miranda, nesta sexta-feira (25/6), pode ter impacto não só na agenda legislativa do governo no Congresso Nacional como na próxima indicação do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação, em Brasília, é de que o cenário ruim na CPI deve deixar o governo na defensiva e, consequentemente, ainda mais refém do Centrão. Enfraquecido pelo desgaste da comissão, o presidente da República terá de ceder mais a parlamentares para tentar melhorar a situação do governo no Legislativo.
Nesse cenário, perderia força a indicação para o STF do atual ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça. Embora seja o “terrivelmente evangélico” favorito de Bolsonaro, Mendonça enfrenta resistência do Centrão. Para agradar o grupo, Bolsonaro pode ser obrigado a indicar outro nome para a corte.
