Embora já tenha até marcado a data para o novo depoimento, a cúpula da CPI da Covid-19 no Senado poderá desistir de ouvir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pela terceira vez.
Segundo senadores do grupo majoritário da comissão, o chamado G7, o recuo dependerá de como o titular da Saúde se portará nas próximas duas semanas.
Senadores ressaltam que a oitiva poderá ser cancelada se Queiroga enviar as respostas aos questionamentos feitos pela CPI sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
Outra condição para o recuso seria a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS), órgão consultivo do Ministério da Saúde, retomar a análise de um estudo contra o chamado “kit covid”.
Provocação
Nos bastidores, senadores admitem que a terceira convocação de Queiroga não era consenso, mas acabou aprovada nesta quinta-feira (7/10), após a CPI avaliar que o ministro “dobrou a aposta”.
A comissão considerou uma provocação o fato de Queiroga ter atuado para fazer a Conitec suspender a análise do estudo e de ter participado de uma reunião do Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta quinta.
O conselho é acusado pela CPI de ser o fiador do tratamento precoce. Nessa quarta-feira (6/10), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, na lista de investigados pela comissão.
