Um dos mais cotados para o Ministério da Justiça do novo governo Lula, o senador eleito Flávio Dino (PSB) não quer que a pasta seja enfraquecida justamente em sua vez de assumir o cargo.
Em entrevista ao Metrópoles, Dino disse que, em sua visão, o melhor caminho para a pasta é manter a atual configuração de “superministério”, criada por Jair Bolsonaro para dar superpoderes a Sergio Moro.
A declaração vem em meio à promessa de Lula de retirar a Segurança Pública da Justiça e criar um ministério exclusivo para a área, ao qual a Polícia Federal ficaria subordinada.
“Acho que a questão, partindo da premissa de integração, temos dois caminhos. Um é criar o Ministério da Segurança, e aí a gente vê como fica o Ministério da Justiça. O outro é manter a estrutura conjunta, tal como está, e é nossa tradição, e fortalecer a Secretaria Nacional de Segurança Pública. A segunda é a que eu acredito mais”, afirmou Dino.
“Evidentemente há um núcleo plural que se reunirá a partir da próxima semana. E a decisão que cabe ao presidente Lula, ele que que irá definir a estrutura de governo. Tecnicamente, conceitualmente, eu me inclino mais pela segunda ideia. É uma ideia que atende ao objetivo do presidente Lula e ao mesmo tempo permite essa integração, essa imbricação que deve haver no âmbito de uma política de segurança pública”, reforçou.
Na entrevista, Flávio Dino disse ainda que, seja no Senado ou no ministério, se posicionará contra o projeto que dá autotomia financeira da Polícia Federal, demanda história da categoria.
O senador eleito também evitou se comprometer em apoiar o pedido de procuradores para que Lula siga a lista tríplice na escolha do futuro procurador-Geral da República, em setembro de 2023.
Confira a entrevista na íntegra:
