Indicados ao STF por Jair Bolsonaro, os ministros André Mendonça e Nunes Marques entraram em campo para ajudar o advogado Cristiano Zanin, indicado à Corte por Lula, a ter seu nome aprovado pelo Senado.
Evangélico, Mendonça vem atuando principalmente junto à bancada protestante. O ministro tem ligado para parlamentares evangélicos, pedindo que recebam o indicado por Lula ao Supremo.
Nas conversas, segundo relatos feitos à coluna, Mendonça tem dito que Zanin tem é mais conservador do que os parlamentares podem pensar por ter sido indicado por um presidente de esquerda.
Nessa terça-feira (6/6), como revelou a coluna, Zanin almoçou com um grupo de deputados e senadores evangélicos, quando expôs o que pensa sobre o aborto, tema caro àqueles que professam a religião.
Nunes Marques, por sua vez, tem ajudado Zanin principalmente com os bolsonaristas. Antes mesmo de ser indicado, o advogado já tinha se reunido com alguns senadores aliados a Bolsonaro.
Jantar com bolsonaristas
Na segunda-feira (5/6), Nunes Marques ajudou a organizar um jantar de Zanin com os senadores bolsonaristas Carlos Portinho (PL-RJ) e Jorge Seif Júnior (PL-SC). O ministro, porém, não compareceu.
O jantar aconteceu na casa do advogado Djaci Falcão Neto, que é próximo de Nunes Marques e de bolsonaristas. O advogado é filho do ministro do STJ Francisco Falcão, que também foi ao evento, assim como André Mendonça.
Além de Mendonça e de Nunes Marques, os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, que acumula a presidente do TSE, também têm ajudado Zanin na articulação com parlamentares.
