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PTB aprova fusão com Patriota; Roberto Jefferson ficará fora

Em clima de luto, PTB aprovou fusão com Patriota. Após episódio com a PF, Roberto Jefferson ficará fora do novo partido

atualizado 26/10/2022 13:37

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O ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, fala num microfone com a bandeira do Brasil atrás - Metrópoles Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O PTB aprovou, em convenção nesta quarta-feira (26/10), sua fusão com o Patriota. O movimento ocorre após ambos os partidos não atingirem a cláusula de barreira nas eleições deste ano.

Com a união, a nova sigla, que deverá se chamar “Patri”, cumpre a cláusula de barreira e passa a ter o direito de receber fundo eleitoral e participar dos debates na televisão.

Ainda não se sabe se a sigla adotará o “14”, do PTB; o “51”, do Patriota; ou um novo número.

Após o episódio em que atacou policiais federais que cumpriam seu mandado de prisão, Roberto Jefferson, chefe do PTB, ficará fora do novo partido. Ele não ocupará posto de destaque – nem sequer deverá constar como filiado.

A avaliação é que qualquer participação de Jefferson poderia dificultar os trâmites burocráticos para a oficialização da fusão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Alexandre de Moraes.

Agora, o PTB aguarda a convenção do Patriota para dar seguimento à fusão. Pelo apalavrado, PTB e Patriota dividirão, de forma praticamente equânime, o comando da nova sigla. Um dos cotados para presidir o partido é Marcus Vinicius Neskau, que chegou a comandar o PTB após o afastamento de Jefferson e é aliado do ex-deputado.

“Em clima de tristeza, o PTB encerra a sua última convenção nacional”, declarou o advogado do partido, Luiz Gustavo.

Após o fim da convenção, a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha de Jefferson, afirmou: “Xandão conseguiu acabar com o PTB e encarcerar meu pai novamente, ao arrepio da lei. Vestindo a toga da Justiça, Xandão conseguiu até aqui cometer atrocidades com a democracia e o ordenamento jurídico. Fez vítimas empresários, jornalistas e ativistas. Espero que a Justiça volte a prevalecer no Brasil”.

A ex-parlamentar alegou ainda que o ministro usou um funcionário do TSE como “bode expiatório” após queixas da campanha de Bolsonaro.

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