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PT suspende articulação sobre CPI contra Moro para aguardar TCU

Paulo Teixeira, do PT, diz que aguardará o desfecho da ação em que o Ministério Público pediu a divulgação do salário de Moro em consultoria

atualizado 26/01/2022 8:49

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Sergio Moro chega ao Senado pela entrada do anexo I, nesta terça-feira(23/11). O ex juiz entrou na liderança do Podemos antes da coletiva, onde vai defender Auxílio Brasil Igo Estrela/Metrópoles

As articulações para criar uma CPI contra Sergio Moro foram suspensas após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) enviar uma cobrança para que a Alvarez & Marsal divulgue quanto pagou de salário ao ex-juiz.

O deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo, disse que o objetivo principal da CPI seria revelar quanto o ex-juiz recebeu da consultoria. Se a Alvarez & Marsal encaminhar os dados ao TCU, as informações serão públicas porque o relator do caso, ministro Bruno Dantas, retirou o sigilo do processo.

“Um dado como esse tem que ser transparente, mas como o próprio TCU está dando uma resposta, eu acho que é o momento de aguardar”, afirmou Teixeira.

O TCU apura se Moro cometeu irregularidades no período de um ano em que trabalhou para a Alvarez & Marsal, em 2020 e 2021. A consultoria recebeu 78% de seus honorários de empresas que foram alvo da Lava Jato, operação que Moro comandava quando era juiz.

Dos R$ 83,5 milhões auferidos pela Alvarez em processos de recuperação judicial e falência, R$ 65,1 milhões vieram de firmas investigadas na operação. Moro alega que atuou na área de disputas e investigações da Alvarez, um braço distinto da consultoria, com outro CNPJ e sem relação com o de recuperação judicial.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Igo Estrela/Metrópoles
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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

Igo Estrela/Metrópoles
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

HUGO BARRETO/ Metrópoles
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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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