Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab selou acordo com Tarcísio de Freitas, do Republicanos, para o governo de São Paulo, mas despista quando é indagado publicamente sobre o assunto.
Tem motivo. Ala considerável do PSD é simpática a Lula e ao PT e vê com maus olhos uma aliança com Tarcísio, que foi ministro de Jair Bolsonaro. Antes de assumir publicamente o acordo, Kassab tenta preparar o terreno dentro de casa e alcamar os ânimos dos mais exaltados.
O dirigente ressaltará que o arranjo é apenas estadual e que em nada aproxima o partido de Bolsonaro. Kassab, aliás, acredita que o PSD não apoiará oficialmente nenhum candidato à Presidência, liberando os diretórios regionais para se aliarem a quem quiserem. A oficialização desse movimento ocorrerá na convenção do partido, em julho.
No acordo selado para apoiar Tarcísio, feito esta semana em Brasília, Kassab ficou de indicar o vice na chapa. Também foi aventada a possibilidade de o próprio Kassab ser suplente de Datena na corrida ao Senado. Sobre essa questão, não houve batida de martelo.
