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Podemos se aproxima de Rodrigo Garcia, e MBL cogita deixar o partido

Partido de Sergio Moro não aceitou trocar Arthur do Val por outro integrante do MBL e tenta ganhar força para negociar com Rodrigo Garcia

atualizado 08/03/2022 21:53

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O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, posa para foto ao lado da presidente do Podemos, Renata Abreu, em gabinete no Palácio dos Bandeirantes Reprodução/Facebook

A iniciativa do Podemos de colocar um expoente do partido para disputar o governo de São Paulo tem como objetivo ampliar o poder de negociação com o vice-governador Rodrigo Garcia, que concorrerá à sucessão de João Doria pelo PSDB.

Integrantes do Podemos avaliam que o partido ficou enfraquecido com a desistência de Arthur do Val e terá de se recolocar na disputa estadual para pleitear uma posição de destaque na chapa majoritária de Garcia.

A presidente do Podemos, Renata Abreu, e o ex-ministro Santos Cruz são nomes cogitados pelo Podemos para entrar na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. A ideia é capturar uma parcela do eleitorado de Sergio Moro em São Paulo para ter maior poder de barganha no futuro, caso o projeto estadual não adquira tração para ir ao segundo turno.

A reaproximação com Garcia vinha sendo tratada antes do vazamento dos áudios sexistas que levaram à desfiliação de Arthur do Val. Na semana passada, o deputado estadual Rodrigo Gambale acertou a ida ao Podemos, mas com a condição de que a sigla reabriria negociações com o tucano. A direção do Podemos concordou com o pedido.

A estratégia do Podemos em São Paulo deverá levar à saída precoce de todos os integrantes do MBL. O grupo, que se filiou ao partido em 26 de janeiro, sugeriu o vereador Rubinho Nunes para entrar na disputa estadual, mas a direção do partido rejeitou a proposta.

O MBL dizia ter autonomia para formar a chapa majoritária do Podemos com base num termo que foi assinado com o partido no dia da filiação. Os integrantes do grupo, no entanto, reconheceram que a carta não teria efeitos jurídicos e que se tratava de um acordo de cavalheiros. A quebra do acordo será a razão alegada para o rompimento definitivo.

A desfiliação de todos os integrantes do MBL provocará mais um desgaste para a candidatura presidencial de Sergio Moro. O grupo vinha participando da formulação de estratégias de comunicação e de articulações políticas em favor do ex-juiz.

A parceria se concretizou publicamente quando Moro entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e fez uma live ao lado do deputado federal Kim Kataguiri para divulgar o salário que recebeu durante o período em que trabalhou para a consultoria Alvarez & Marsal.

Na quinta-feira (3/3), dia que antecedeu a divulgação dos áudios de Arthur do Val, Moro participou de um painel on-line organizado pelo banco Credit Suisse e afirmou que o apoio do MBL seria mais relevante que o dos partidos nesta eleição.

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Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, já se fala em ao menos 10 pré-candidatos. Alguns já estão oficializados pelos partidos; outros, ainda não
Rodrigo Garcia (PSDB) – O vice-governador de São Paulo foi escolhido em novembro de 2021 para concorrer ao governo do estado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
Fernando Haddad é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT)
Márcio França (PSB) – O ex-governador reafirmou que, “apesar das especulações”, segue como pré-candidato do partido ao governo de São Paulo. No Twitter, França fez post afirmando que tem “projeto para SP e muito apoio”
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Enquanto partidos se organizam em busca de alianças e de federações partidárias, nomes da política brasileira já são dados como certos nas eleições de 2022

TSE/Divulgação
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Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, já se fala em ao menos 10 pré-candidatos. Alguns já estão oficializados pelos partidos; outros, ainda não

Reprodução/ Governo de São Paulo
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Rodrigo Garcia (PSDB) – O vice-governador de São Paulo foi escolhido em novembro de 2021 para concorrer ao governo do estado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)

Fábio Vieira/Metrópoles
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Fernando Haddad é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT)

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Márcio França (PSB) – O ex-governador reafirmou que, “apesar das especulações”, segue como pré-candidato do partido ao governo de São Paulo. No Twitter, França fez post afirmando que tem “projeto para SP e muito apoio”

Fernanda Luz/Divulgação
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Vinícius Poit (Novo) – O Partido Novo lançou o deputado como pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2022

Fábio Vieira/Metrópoles
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Abraham Weintraub (PMB) – O ex-ministro da Educação é o pré-candidato do Partido da Mulher Brasileira (PMB) ao governo de São Paulo

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Tarcísio de Freitas (Republicanos) – O ministro de Infraestrutura confirmou que concorrerá ao governo de São Paulo pelo Republicanos. Ele fez uma publicação em seu perfil no Twitter informando sua filiação

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Felício Ramuth, prefeito de São José dos Campos, concorrerá ao governo de São Paulo pelo Partido Social Democrático (PSD)

Reprodução/ Instagram

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