A campanha de Jair Bolsonaro descartou levar o presidente para visitar as meninas venezuelanas em São Sebastião (DF), na tentativa de contornar o pior momento da eleição no QG bolsonarista. Auxiliares avaliaram que a visita soaria como oportunista e eleitoreira. Na sexta-feira (14/10), Bolsonaro disse que “pintou um clima” ao ver “menininhas bonitas” de 14 anos na cidade, insinuando que as venezuelanas eram vítimas de exploração sexual infantil.
No entendimento da campanha bolsonarista, o episódio precisa ser deixado de lado para evitar mais desgastes. Aliados de Bolsonaro foram avisados, contudo, de que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ex-ministra Damares Alves tentarão uma conversa com as meninas venezuelanas. A campanha aguarda alguma orientação e não tem previsão de quando esse encontro acontecerá.
A oposição pediu que o Ministério Público Federal apure se Bolsonaro cometeu crime de prevaricação, no cenário em que o presidente presenciou suspeitas de exploração sexual e não tomou providências contra o crime.
