Investigação e informações exclusivas em política, negócios, cultura e esporte. Com Athos Moura, Bruna Lima, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Persio Arida: “maior parte das políticas econômicas erradas foi do PT”

Cortejado pelo PT e próximo a Alckmin, o economista Persio Arida afirmou em debate que "ter memória do que deu errado é muito importante"

atualizado 03/06/2022 17:03

Compartilhar notícia
O economista Pérsio Arida fala ao microfone durante debate promovido pelo grupo Livres, em São Paulo Gustavo Oliveira/Livres

O economista Persio Arida afirmou nesta quinta-feira (02/06), em debate promovido pelo Livres, que os governos do PT foram responsáveis pela maior parte das políticas econômicas que deram errado no país. Próximo a Geraldo Alckmin, o economista já foi cortejado pelo PT e chegou a se reunir com o ex-ministro Aloizio Mercadante.

O comentário foi feito enquanto Arida recordava sua passagem pelo governo de José Sarney, em 1985. “Além da incapacidade de aprender com o passado, existe a ideia de que sempre vale a pena apoiar grupos empresariais, sem custo adicional, para poder viabilizar uma política supostamente boa para o país. Ter memória do que deu errado é muito importante”, afirmou.

“O livro recente do Marcos Mendes, que eu ainda não pude ler, sobre as políticas que deram errado, suscitou um comentário curioso. O Edmar Bacha fez uma listagem das políticas econômicas que deram errado. A maior parte acontece no governo do PT, porque é onde a ideologia desenvolvimentista é mais marcada. Essas coisas vão juntas”, acrescentou Arida.

Apesar da crítica às gestões do PT, o economista afirmou que torce pela eleição de um governo democrático em outubro. Arida disse, no entanto, que está preocupado com a “oposição aguerrida” que o bolsonarismo fará no Congresso caso seja derrotado no pleito presidencial.

“As várias reformas necessárias são politicamente difíceis ou são de lenta maturação”, afirmou o economista. “Será que um governo democrático conseguirá manter o capital político inicial para fazer reformas de modo sustentável, sem aumentar gastos e mantendo o teto?”, indagou.

O ex-presidente Lula manifestou em diversos discursos que pretende acabar com o teto de gastos caso seja eleito.

12 imagens
Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
1 de 12

Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
2 de 12

Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
3 de 12

Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
4 de 12

No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 12

Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro

6 de 12

A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
7 de 12

O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 12

De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 12

A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
10 de 12

Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 12

Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB

Divulgação/ Ricardo Stuckert
12 de 12

Carlos Siqueira, Geraldo Alckmin, Lula e Gleisi Hoffmann

Fábio Vieira/Metrópoles

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar