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PCdoB vai ao STF contra prefeito de São Paulo

O PCdoB ajuizou uma ação contra Ricardo Nunes devido a lei que, segundo a ação, viola princípios de transparência e isonomia

atualizado 27/06/2022 11:56

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Ricardo Nunes acompanha barreira sanitária no Aeroporto de Congonhas em SP Fábio Vieira/Metrópoles

O PCdoB foi ao Supremo Tribunal Federal contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, devido à lei que permite a prorrogação de contratos sem licitação. Na ação, ajuizada no último sábado (25/6), o partido alega que a lei dificulta a transparência e dá poderes demais ao prefeito.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) tem como relator o ministro Gilmar Mendes. No documento, o PCdoB afirma que a lei sancionada por Nunes em janeiro deste ano fere a Constituição pois viola os princípios de isonomia, segurança jurídica e interesse público.

“A licitação e o contrato administrativo são institutos que se destinam à promoção do interesse público da coletividade. O certame, como sabido, tem as finalidades de viabilizar tratamento isonômico a todos os interessados em celebrar contratos com o Poder Público”, diz o documento.

Além de permitir que contratos sem licitação sejam prorrogados sem previsão contratual, há, também, a possibilidade de incluir novos serviços no período de extensão. Portanto, a prefeitura não precisaria abrir uma nova licitação para um novo serviço, o que contraria os princípios constitucionais de transparência e isonomia.

A lei sancionada por Nunes também foi alvo de uma ação ajuizada pelo PT de São Paulo na Justiça Paulista em abril. O partido alegou que a proposta foi aprovada “às pressas” e pediu a suspensão da lei por violação processo legislativo.

O prefeito paulista sustenta que a lei segue o modelo de legislação federal e estadual, contudo, a lei estadual não permite a prorrogação de contratos sem licitação apenas quando há a previsão contratual prévia.

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