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Para a população, Bolsonaro lida mal com inflação, emprego e pandemia

Diagnóstico foi revelado em pesquisa da Quaest sobre a popularidade do presidente e a eleição neste ano

atualizado 12/01/2022 9:55

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Fotografia colorida de Jair Bolsonaro retirando a máscara de proteção contra a Covid-19 - Metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

A forma como o presidente Jair Bolsonaro lida com a inflação é desaprovada por 80% dos entrevistados em pesquisa da Quaest e da Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira.

O ano passado teve o maior aumento de preços medido pelo IPCA desde 2015. A inflação oficial calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi de 10,06%, bem acima do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, de 5,25%.

O combate à Covid-19 tem a segunda maior desaprovação, com 63%, empatado com a geração de empregos.

A preocupação com a pandemia voltou a crescer. A questão apareceu como o principal problema do país para 28% dos entrevistados na pesquisa. Esse percentual era de 19% em dezembro.

Entre os dois momentos houve um grande crescimento nos novos casos da doença na esteira das festas de fim de ano e na expansão da variante Ômicron, mais transmissível.

Ao mesmo tempo, houve um apagão dos dados oficiais após um ataque hacker no Ministério da Saúde na primeira metade de dezembro e a incapacidade da pasta de rapidamente restabelecer o acesso às informações.

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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil
Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados
Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos
A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo
Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes
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Yanka Romão/Metrópoles
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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil

Shutterstock
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Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados

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Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos

Altemar Alcântara/Semcom
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A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo

Divulgação/Agência Brasília

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Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes

Reprodução
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Até 20 de dezembro, o Brasil tinha 36 casos confirmados da variante Ômicron. A cepa foi identificada pela primeira vez em países da África, em novembro de 2021

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em janeiro deste ano. Até a segunda semana de dezembro, mais de 160 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a cerca de 75% da população

Getty Images
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Cerca de 140 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas com as duas doses ou dose única no Brasil. O número representa cerca de 66% da população

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em relação a dose de reforço, aproximadamente 22 milhões de habitantes receberam o imunizante. O valor corresponde a 10% da população

Hugo Barreto/Metrópoles
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Considerando os dados do site Our World in Data, o estado de São Paulo ultrapassa países como Itália, França, Reino Unido e Alemanha no quesito imunização completa contra o coronavírus

Fábio Vieira/Metrópoles
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No ranking global, o Brasil é o quarto país com mais doses aplicadas. Foram 324 milhões até a segunda semana de dezembro

Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Já a avaliação do governo Bolsonaro como um todo permaneceu estável em 50%  negativo entre as duas últimas pesquisas, enquanto o percentual dos que julgam a gestão regular caiu de 26% para 25% e quem considera positivo subiu de 21% para 22%.

A imobilidade na avaliação negativa esconde, entretanto, diferenças na avaliação quando o entrevistado é separado por gênero. Nesse caso, houve uma alta na desaprovação entre mulheres, de 50% para 55%, enquanto entre os homens ela caiu, de 49% para 44%.

Isso está ligado a como cada gênero avalia a gestão de Bolsonaro em relação à pandemia. Entre elas, o percentual de desaprovação passou de 47% para 61%. Já entre os homens ficou estável em 47%.

Para a Quaest, “a decisão de se manifestar contra à vacinação de crianças pode ter contribuído para o quadro: 72% dos entrevistados consideram que as crianças deveriam ser imunizadas já. Este número, porém, cai para 48% entre os eleitores de Jair Bolsonaro”.

A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas em 123 municípios localizados em todas as unidades da federação. O nível de confiança é de 95%.  A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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