Doria disse na reunião que precisava ser “candidato do partido” e que não aceitaria ser “candidato de mim mesmo”.
A carta, segundo interlocutores presentes na reunião, foi uma ideia sugerida por Rodrigo Garcia, que assumirá a gestão estadual com a renúncia de Doria. O texto foi elaborado com a colaboração de Garcia.
Garcia deixou claro para Araújo que a fortaleza tucana em São Paulo iria se “desintegrar” caso Doria decidisse ficar no cargo até o fim do mandato. Perder a administração paulista seria trágico para o futuro do PSDB.
Mesmo com o aceno de Araújo e a decisão de Doria, o clima no PSDB não poderia ser pior. A ala que defende Eduardo Leite garante que não descansará até inviabilizar o projeto presidencial do agora ex-governador.
12 imagens
1 de 12
João Agripino da Costa Doria Junior, nascido em 1957, é empresário, publicitário, jornalista e político brasileiro. Natural de São Paulo, foi eleito governador do estado para o mandato de 2018 a 2022
Igo Estrela/Metrópoles
2 de 12
Filho do publicitário e ex-deputado federal João Doria e da empresária paulista Maria Sylvia Vieira de Moraes Dias Doria, o atual governador de São Paulo e sua família precisaram morar por anos na França, após o pai ter sido perseguido durante a ditadura militar
Fábio Vieira/Metrópoles
3 de 12
Em 1970, após voltar ao Brasil, Doria pediu estágio em uma empresa publicitária no departamento de rádio e TV. Tomou gosto pela carreira, ingressou em um curso de comunicação e, mais tarde, tornou-se diretor da Rede Bandeirantes de Televisão
Fábio Vieira/Metrópoles
4 de 12
Doria também foi colunista da revista IstoÉ Dinheiro, apresentou o reality show Aprendiz e o Aprendiz Universitário. Foi também editor de livros, palestrante no Brasil e no exterior, e fundador do grupo Doria, de comunicação e marketing
Fábio Vieira/Metrópoles
5 de 12
João também foi secretário de Turismo de São Paulo, presidente da Paulistur e da Embratur
Governo de São Paulo
6 de 12
Em 2012, foi eleito umas das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista IstoÉ e, em 2014, eleito como um dos cem lideres de melhor reputação pela revista Exame
Igo Estrela/Metrópoles
7 de 12
Em 2001, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e, em 2016, lançou-se candidato à prefeitura de São Paulo. Eleito, Doria se tornou o primeiro candidato a ocupar o cargo em primeiro turno desde 1992
Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 12
Cerca de 15 meses depois de tomar posse como prefeito, renunciou ao cargo para concorrer ao governo de São Paulo
Igo Estrela/Metrópoles
9 de 12
Em 2018, venceu Márcio França na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes
Hugo Barreto/Metrópoles
10 de 12
Durante a pandemia da Covid-19, Doria ganhou força ao se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro. Durante o ano de 2020, uniu-se ao Instituto Butantã para desenvolver uma vacina eficaz contra o coronavírus. Em 2021, organizou coletiva para vacinar a primeira pessoa no Brasil
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
11 de 12
Doria, no entanto, também coleciona polêmicas. Além de ter virado réu, acusado de receber propina para beneficiar o consórcio FM Rodrigues/CLD enquanto era prefeito, o empresário causou confusão com educadores após mandar retirar de escolas apostilas sobre identidade de gênero. Durante a pandemia, não agradou os paulistas ao ter viajado, mesmo depois de endurecer as regras de isolamento no estado
Fábio Vieira/Metrópoles
12 de 12
Opositor de Bolsonaro nas Eleições de 2022, Doria venceu as previas do PSDB e, até o momento, está oficializado como pré-candidato à Presidência da República
Igo Estrela/Metrópoles
Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.