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O descompasso entre Ometto e o voto de seu representante na Vale

Homem de Ometto no conselho da Vale, Luís Henrique Guimarães foi decisivo em votação que manteve aberto processo de sucessão de CEO

atualizado 28/02/2024 22:39

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Luís Henrique Guimarães, ex-CEO da Cosan, e o empresário Rubens Ometto Divulgação; Câmara São Paulo/Divulgação

Representante da Cosan no conselho de administração da Vale, Luís Henrique Guimarães foi decisivo para a indefinição na disputa pela sucessão na comando da mineradora. Guimarães, que era o nome favorito da Cosan para a presidência da Vale, absteve-se na votação do conselho pela recondução do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, há duas semanas, que terminou empatada em 6 a 6.

Ao se abster e a votação terminar empatada, no entanto, Guimarães acabou deixando Rubens Ometto, dono da Cosan, numa posição difícil.

Quando Guimarães informou Ometto que votaria pela abstenção, garantiu ao empresário que Bartolomeo tinha votos suficientes para ser reconduzido por, ao menos, mais um ano. A abstenção, argumentou Guimarães a Ometto, deixaria a Cosan numa posição confortável para eventualmente criticar a gestão de Bartolomeo ao longo do próximo ano, já que ela não teria endossado sua recondução.

Mas, com o empate selado, e sem que Guimarães tenha votado nem a favor de Bartolomeo, nem com o governo, que quer trocar o CEO, o dono da Cosan se viu enfraquecido dos dois lados.

Na Cosan, a pergunta que se faz é se Guimarães sabia que Bartolomeo não tinha os votos necessários e, na verdade, teria apostado na abstenção como forma de se manter no processo sucessório; ou se ele acreditou, de fato, na previsão que fez a Ometto.

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