O deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, contratou em seu gabinete dois advogados pessoais, que o defenderam antes do mandato. Um deles também foi contratado pela campanha de Nikolas.
Em fevereiro deste ano, Kayki Tawan foi contratado para o gabinete de Nikolas, com um salário de R$ 8,3 mil. Um mês depois, foi a vez de Thiago Rodrigues, o outro advogado, ganhar um emprego de confiança no gabinete, com R$ 7,7 mil em vencimentos pagos pela Casa. A dupla segue advogando para o bolsonarista.
Três meses antes, os advogados Kayki Tawan e Thiago Rodrigues assinaram uma ação representando Nikolas Ferreira no STF. Os defensores pediam acesso a investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que havia bloqueado as redes sociais do então deputado eleito. A solicitação foi negada pelo ministro Luiz Fux.
Thiago Rodrigues já havia representado Nikolas Ferreira no STF ainda em 2021, quando o então vereador de Belo Horizonte pediu ao tribunal a prisão do ex-presidenciável Ciro Gomes e o ex-deputado Marcelo Freixo por declarações no Twitter.
Em 2022, Kayki Tawan também recebeu R$ 44 mil da campanha de Nikolas Ferreira por serviços advocatícios.
Procurado, Nikolas Ferreira afirmou que a atuação dos assessores como advogados é “normal e dentro da legalidade”. O deputado acrescentou que eventuais processos pessoais não são cobrados pelos advogados, modalidade prevista no estatuto da advocacia.
