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Moro admite possibilidade de trocar o Podemos pelo União Brasil

Aliados que conversaram com Sergio Moro dizem que ele confirmou a negociação para trocar de partido, mas ponderou que não há decisão tomada

atualizado 19/01/2022 16:17

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Filiação de Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça, ao Podemos Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-juiz Sergio Moro confirmou nesta semana, em conversas com aliados, que existem negociações para ele trocar o Podemos pelo União Brasil, o partido que surgirá da fusão entre o DEM e o PSL.

Moro acertou a filiação ao Podemos em novembro para disputar a Presidência. Pessoas que conversaram com o ex-juiz sobre o assunto dizem que ele ponderou que as tratativas com o União Brasil estão em curso e que nenhuma decisão foi tomada.

A razão para Moro trocar de partido seria financeira. Interlocutores no União Brasil afirmaram que o ex-juiz ficou assustado com o orçamento para fretar voos na campanha.

O Podemos precisa aumentar a bancada de deputados federais nesta eleição e teria limitações para financiar a campanha do ex-juiz. Já o União Brasil terá acesso a quase R$ 1 bilhão com a fusão dos fundos partidário e eleitoral. O orçamento será o maior do país.

A filiação de Moro ao União Brasil dependeria de um sinal positivo de ACM Neto, que preside o DEM e assumirá a secretaria-geral do partido. A ala do PSL é amplamente favorável à chegada de Moro.

A presidente do Podemos, Renata Abreu, tem recebido diversos telefonemas para falar sobre o assunto nos últimos dias. Segundo aliados, ela afirma que a estrutura do União Brasil ainda é uma incógnita e que considera difícil a saída de Moro, mas que não descartaria nenhuma possibilidade para o ex-juiz vencer a eleição.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Igo Estrela/Metrópoles
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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

Igo Estrela/Metrópoles
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

HUGO BARRETO/ Metrópoles
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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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