O ministro André Mendonça, do STF, determinou nessa terça-feira (17/9) a abertura de um inquérito no âmbito da Corte para investigar os supostos casos de assédio sexual que teriam sido cometidos pelo ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. A investigação já foi autuada no Supremo, sob relatoria de Mendonça.
O inquérito no STF vem após a coluna revelar que o então ministro havia sido alvo de denúncias de assédio sexual ao Me Too Brasil. Uma das denunciantes dos supostos assédios é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.
O assunto era de conhecimento do presidente, da primeira-dama, Janja da Silva, e de vários ministros do governo.
Desde a demissão de Silvio Almeida, em 6 de setembro, na esteira das revelações da coluna, uma ex-aluna dele no curso de Direito da Universidade São Judas relatou supostos assédios dele.
Um ex-diretor do ministério, Leonardo Pinho, também falou à coluna sobre assédio moral e ameaças sob Silvio Almeida.
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