Alvos de garimpo ilegal, as aldeias indígenas Munduruku, no Pará, registraram cinco vezes mais casos de malária entre 2018 e 2020. Os dados constam do estudo O cerco do ouro, do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, que analisou o impacto do garimpo nesses territórios.
Em 2018, as terras Mundukuru contabilizavam 645 casos de malária. Em 2019, o número saltou para 1.666 e, no ano seguinte, para 3.264 casos.
“A intensificação da atividade garimpeira tem gerado um surto alarmante de malária entre os Munduruku do alto e médio Tapajós”, afirmou a pesquisa, ressaltando que a doença pode agravar quadros de Covid-19.
Nesta segunda-feira, Luís Roberto Barroso determinou que o governo federal retire invasores de terras indígenas Mundukuru e Yanomami. O ministro atendeu a um pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Defensoria Pública da União, entidades de direitos humanos e seis partidos.