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Madeireira informa dados contraditórios na compra de terra na Amazônia

Empresa de grupo espanhol apresentou informação truncada ao Incra sobre área maior que o município de São Paulo

atualizado 30/06/2022 1:10

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Madeiras na unidade de manejo sustentavel na floresta nacional do Jamari. Local: Itapuã do Oeste, Porto Velho (RO) COP28 Foto: Igo Estrela/Metrópoles.

Empresa do setor madeireiro, a Agrocortex, do grupo espanhol Masaveu, apresenta informações truncadas quando indagada se é dona da Fazenda Macapá, uma área de 190 mil hectares na Amazônia, mais especificamente um terreno maior que o município de São Paulo e que alcança trechos dos estados do Acre e do Amazonas.

Em declaração à Verra, uma plataforma internacional de certificação de crédito de carbono, a Agrocortex afirma ser dona da Fazenda Macapá. Com isso, a empresa se credencia a vender créditos de carbono no mercado internacional.

Mas, em um processo de fiscalização do Incra do Amazonas, a Agrocortex alega ser apenas sócia minoritária da empresa brasileira que seria a proprietária da fazenda, a Batisflor. O processo no Incra apura a exploração da terra “por um grupo de capital estrangeiro sem autorização e ultrapassando os limites legais e constitucionais da compra a exploração.”

As contradições reforçam a suspeita de compras camufladas de terras brasileiras por empresas estrangeiras com interesse no bioma amazônico.

A coluna tentou contato com a Agrocortex por telefone, e-mail e redes sociais. O espaço segue aberto para manifestação.

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