Um livro vai mostrar dois dos talentos do multiartista Roberto Burle Marx para além da sua notória influência sobre o paisagismo moderno brasileiro.
Organizado pelo arquiteto e historiador do paisagismo Guilherme Mazza Dourado, pesquisador da Universidade de São Paulo, o livro vai se voltar às facetas da obra de Burle Marx na tapeçaria e no design de jóias.
A publicação pela editora Luste, com título provisório de “O caminho das jóias à tapeçaria por Burle Marx”, tem captação autorizada de R$ 518.235,30 pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, dos quais R$ 130.309,82 já foram arrecadados.
Algumas das peças de tapeçaria mais conhecidas do paisagista e arquiteto, que serão objeto do livro, estão no Congresso e no Itamaraty, em Brasília.
Uma delas, em uma das paredes do Salão Negro do Senado, estimada em R$ 4 milhões pelo Instituto Burle Marx, foi vandalizada por bolsonaristas nos ataques de 8 de Janeiro. Arrancada da parede, suja com urina e pó de extintor de incêndio pelos golpistas, a obra com quase quatro metros de altura e cinco de largura foi restaurada em um ateliê de São Paulo e retornou ao Senado em outubro de 2023.
